Uma manifestação reuniu dezenas de pessoas no centro da cidade de Pisa no domingo 7 de maio para recordar Franco Serantini, anarquista que morreu 45 anos atrás numa prisão de Pisa depois de ser espancado pela polícia durante uma manifestação contra o fascismo. Serantini tinha apenas 20 anos. A passeata, com os manifestantes carregando faixas e entoando lemas, percorreu algumas ruas do centro da cidade até chegar à Praça San Silvestro, apelidada há décadas de “Praça Serantini”, em uma das margens do rio Arn o, exatamente onde Serantini foi preso. A seguir, texto de um folheto distribuído na manifestação.
7 de maio de 1972 – 7 de maio de 2017
Quarenta e cinco anos desde o assassinato de Franco Serantini
“Anarquista de vinte anos morto a socos e pontapés pela polícia em oposição a um comício fascista”
Serantini foi preso na praça ao fazer trabalho político, e isso ainda acontece hoje, sendo espancado e levado enquanto o Estado garantiu a realização de um comício fascista, como acontece hoje, e foi levado para a prisão, onde não recebeu os cuidados necessários, entrando em coma e morrendo naquela jaula, como acontece hoje. Não devemos esquecer que até hoje tudo isso acontece, e manter a memória viva também significa assegurar que isso não aconteça de novo, é lutar contra a criminalização da dissidência que estamos vivendo, que vimos em Lucca ou, nas última s semanas, com os decretos Minniti e Minniti-Orlando. Isso significa lutar contra a violência do Estado que encontramos nas ruas, bem como nas prisões. Significa continuar a lutar contra o fascismo de modo que ele não tenha espaço em nossas cidades.
E isso para nós é o significado da comemoração, de possuir memória.
Hoje como ontem contra todos os governos, todos os fascismos, repressões e guerras.
FRANCO EM NOSSAS VIDAS E IDEIAS E EM NOSSAS LUTAS!
Tradução > Liberto
Mais fotos:
agência de notícias anarquistas-ana
Noite escura,
chuva fina esconde
a lua cheia.
Fabiano Vidal
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!