A seguir, um extrato da oficina dirigida por Emi Díez pertencente ao Coletivo Feminista “La Empoderá”
Por Jaime Flores
A teoria Queer defende que o gênero, o sexo e a sexualidade são construções sociais, ou seja, não são essenciais.
Uma pessoa não nasce nem com um sexo, gênero ou uma sexualidade, todas são adquiridas por mecanismos sociais ou símbolos. Como por exemplo haver tanta gente heterossexual é um sinal claro de um sistema de hétero-patriarcado que faz ver que ser hétero é o normal, pois isso provoca um exercício de desconstrução.
Muito bem que apoies o coletivo LGTBIQ, mas se não te desconstruas e olhas para a tua própria sexualidade, porque és um homem ou porque estás reproduzindo atitudes que não podem parecer machistas ou homofóbicas, mas que o são na realidade.
Para compreender a teoria Queer é necessário fazer uma desconstrução como se não houvesse hétero-patriarcado, coisa que pode ser extremamente complexa pois vivemos numa sociedade hétero-patriarcal e a norma hétero é o único que se valoriza.
Um exemplo: em um colégio com domínios progressistas, dizem-te que por teres pênis não podes ser uma mulher ou outro gênero distinto de mulher ou homem, baseiam-se nos teus genitais. Uma clara discriminação.
Como experiência pessoal posso dizer que me chegaram a comentar, pessoas que se consideram feministas, que “perco” a cabeça ou invento coisas por ser gênero não binário. Tento teorizar desde um ponto de vista filosófico, no entanto há muitas pessoas que ainda não o entendem.
A diferença entre Cis e Trans, Cis não significa que tu nasces com o sexo que tens, pois como assinala a teoria Queer, o sexo não existe visto que é igual ao gênero, por assim dizer, o único que existe é uma genitalidade. Dá-se demasiada importância num contexto social ter que dizer, sou homem ou mulher, segundo os órgãos reprodutores que tens e como te deves apresentar, com o teu nome, já que o sexo ao fim e ao cabo é uma identidade.
Biologicamente tu não nasces com um sexo, nasces com uns genitais onde alguns/as têm mais hormônios femininos ou mais quantidade de estrogêneos, ou seja, se avaliássemos todos estes valores não havia uma mulher ou homem realmente.
Fonte: http://www.lavozdelsur.es/transfeminismo-y-cultura-queer
Tradução > Joana Caetano
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Otávio Coral
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!