No dia 30 de maio, às 8 horas da manhã, um grupo de policiais cortava a rua Algalia de cima, para desalojar o CSOA Escárnio e Maldizer. Um espaço ocupado, autônomo e antiautoritário de referência para os movimentos anticapitalistas da Galícia, mas também muito reconhecido pelos vizinhos da cidade, pela sua ação social e política numa cidade desenhada e explorada por e para o turismo. No transcurso destes acontecimentos, meia centena de pessoas juntavam-se numa concentração espontânea perto do edif& iacute;cio que estava sendo fechado. Esta concentração sofreu duas cargas e a retenção de duas pessoas por parte da polícia, resultando ferimentos em várias companheiras. A mobilização espontânea deu-se por volta das 13 horas, mas após estes acontecimentos as companheiras do Escárnio e Maldizer convocaram uma outra mobilização para as 20 horas na praça 8 de Março, que em menos de 20 minutos reuniu aproximadamente 600 pessoas solidárias que seguiram em direção à zona velha ao som de fogos de artifício e de palavras de ordem, como “10, 100, 1000 centros sociais!” ou ” Um despejo, outra okupação!”.
Recorridos apenas 300 metros e rodeados de um potente dispositivo policial (quase meia centena de policiais distribuídos em diferentes pontos), concretamente na praça Cervantes, quando a mobilização se deslocava para a entrada da rua do Preguntoiro, uma forte carga policial dividiu a manifestação em dois grupos. No decorrer da carga policial várias pessoas ficaram feridas e uma delas foi detida e acusada de “atentado e distúrbios”. Depois destes incidentes, a manifestação dividiu-se em diferentes grupos de centenas de p essoas que fizeram frente à polícia, estendendo-se os distúrbios e enfrentamentos por distintas ruas do Casco Velho durante pelo menos uma hora.
No dia seguinte, 31 de maio, uma centena de pessoas percorreu o centro histórico até à delegacia de polícia, reclamando a liberdade do detido e denunciando a brutalidade policial. Depois, todos os que estavam solidários deslocaram-se até à porta do tribunal para realizar mais uma concentração. Nessa mesma tarde convocou-se uma manifestação às 21 horas na praça Galiza, e desta vez, superando a convocatória do dia anterior, quase mil pessoas mobilizaram-se pelas ruas compostelanas mostrando que nem a forte campanha de intoxicação informativa, nem a violênci a policial conseguiram travar a vizinhança de Compostela, muito pelo o contrário.
Acompanhamos a crônica com um vídeo¹ realizado por Galiza Contrainfo sobre a manifestação do dia 30 pela tarde, uma vez mais fica claro o que ali se passou e como mentem e manipulam descaradamente os meios de comunicação como RTVG, La Voz de Galicia, El Correo Gallego ouOndacero. Até o momento, estes são os acontecimentos que conhecemos. Seguiremos informando.
Individualidades Contrainformativas para Abordaxe!
[1] Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Kum-CObJHxw
Tradução > Joana Caetano
agência de notícias anarquistas-ana
Girando em cores
Sobe a bolha de sabão
– Gritos também sobem.
Mary Leiko Fukai Terada
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!