O texto a seguir pertence à Iniciativa Anarcossindicalista Rocinante e foi publicado na sua página web, sobre o motivo de uma alegada agressão por parte de um grupo no dia das eleições estudantis na Universidade de Atenas.
Na quarta-feira, 24 de maio de 2017, desde a manhã até o fim da tarde, realizaram-se as eleições estudantis na maior parte das universidades do país. Nos dias anteriores realizaram-se intervenções e mobilizações, e repartiu-se material contra as eleições, no âmbito de uma campanha anti-eleitoral realizada por grupos e cole tivos libertários.
Num evidente contraste com esta posição política, na quarta-feira 24 de maio realizaram-se ataques em várias universidades. Foi, particularmente, chamativa a brutalidade de um grupo de pessoas que tratou de se aproximar à Faculdade de Química durante o processo eleitoral. Com latas de fumaça, paus e, até com um machado! Os membros das associações estudantis, responsáveis da proteção das eleições, foram os que no começo repeliram os ag ressores e depois mais tarde a Polícia, usando gás lacrimogêneo e bloqueando a Faculdade durante muito tempo.
As agressões violentas, em que o propósito é a aproximação ao lugar em que os estudantes iam votar, em nenhum caso fazem parte de um processo do movimento contra as eleições, a delegação e as juntas diretivas. Pelo o contrário, são um produto dos princípios profundamente autoritários do antagonismo, da dominação e da imposição do poder. Ou seja, um dos princípios que são o pilar do sistema capitalista e da estrutura hierárquica da sociedade. São uns pr incípios que constantemente o Estado e o Capital tratam de semear entre os oprimidos, em cada universidade, em cada lugar de trabalho, e em última instância em cada campo social.
A violência não é nada mais que um meio de confronto, por isso deve ser uma ferramenta nas mãos do movimento libertário, obreiro e estudantil, só se usa contra o Estado e o Capital. Em todos os outros casos a violência é uma atitude antissocial, em que o objetivo é a imposição de algo pelo poder e a discriminação entre os explorados. Cremos que qualquer tendência a fetichização, é extremamente nociva para o caso da liberação social. Por último, não &eacut e; somente a atitude deste grupo que nos afeta. É também a sua noção contra o movimento. É a lógica que pode aparecer como um castigador, buscando a “cães partidários” ou outros demônios, semeando o terror em todas as partes, estando auto -declarado uma “raça pura” que deve impor a ordem contra a burocracia das associações estudantis, as eleições, etc.
A abolição das eleições, a mudança na forma das associações estudantis, e a horizontalidade dos processos coletivos, longe da delegação, são questões dos e das estudantes, e não de um grupo de agressores (valentões). O mesmo movimento estudantil é o que determinará quais serão as características e as estruturas que deseja ter. Por isso, as proibições, sejam procedentes do Estado e dos patrões, ou de um grupo antissocial, devem ser enfrentadas por todas as coletividades cujo objetivo é a transformação libertadora da sociedade em benefício dos oprimidos.
“Não podes cortar nem um pedaço de liberdade, porque imediatamente toda a liberdade se concentrará nesse pedaço” – Bakunin
Iniciativa Anarcossindicalista Rocinante – Setor de Ensino
O texto em grego:
O texto em castelhano:
Tradução > Joana Caetano
agência de notícias anarquistas-ana
as ondas beijam
os lábios da praia –
bocas do mar
Carlos Seabra
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!