Durante a noite do 19 de maio, decidimos unir-nos para atacar o restaurante Ludger, os escritórios do Projeto Montreal e o supermercado IGA em Saint-Henri.
Se atacamos o restaurante Ludger, não é só para denunciar as refeições excessivamente caras que servem, mas para atacar o estilo de vida dos jovens yuppies profissionais que invadem os bairros populares com seu dinheiro e contribuem à exclusão dos pobres no bairro.
Se atacamos o escritório do Projeto Montreal não é só por seu papel na gentrificação da comunidade sob o avanço do argumento da mistura social (mixité) e o favorecimento do estabelecimento de novos negócios e projetos de condomínio. Atacamos o escritório porque é o mundo político inteiro o que nós queremos assaltar. Recusamos ser representados e dirigidos por ninguém mais, seja um primeiro-ministro ou um vereador de distrito. Somos mestres das nossas próprias vidas.
Se atacamos o supermercado IGA não é só porque a comida é demasiado cara, mas porque achamos que comer bem não deveria ser um luxo, mas algo que seja livre e acessível a todo o mundo. Nesta comunidade, algumas pessoas têm fome e não queremos ser observadores lamentáveis da situação.
Somos muito conscientes que os objetivos que foram enfrentados não são grandes instituições capitalistas. No entanto, estes negócios são o reflexo, a pequena escala, de um mundo que sempre favorece o mais rico sobre os mais pobres, que sempre são sujeitos à maior miséria. Este é o porquê quisemos inverter a ordem das coisas durante um instante e fazer entender que ainda que andemos arrastando os pés durante cada dia também podemos morder. Queremos vidas ricas, não as vidas dos ricos.
Ficamos felizes depois de ler nos jornais que outros negócios tinham sido atacados na mesma noite em Verdun.
P.S. Esperamos não molestar demasiado o teu pequeno jantar da sexta à noite.
Dês insoumi-ses (ingovernáveis)
Fonte: https://mtlcounter-info.org/en/hey-there-yuppies/
Tradução > Biel Rothaar
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https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2016/11/11/canada-video-a-gentrificacao-e-assustadora/
agência de notícias anarquistas-ana
Grito da sineta
na última aula. Alegria.
Depois o silêncio.
Alexei Bueno
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!