Ontem (10/06) várias pessoas solidárias se reuniram em uma concentração na praça Kottbusser para expressar sua solidariedade. Distribuíram-se panfletos nos quais se destacava a situação de nossa amiga e companheira, que fora condenada pela expropriação de um banco a sete anos e seis meses de prisão.
“Depois de 24 dias de julgamento, saiu a sentença contra ela e outro companheiro, que foi absolvido. Para nós, dá no mesmo se eles foram responsáveis pela ação. Ainda que nenhum dos acusados fosse detido depois da expropriação em Aachen e nunca tenham se manifestado sobre dita ação, para o juiz foi suficiente pistas de DNA que se encontravam nos meios de prova”.
Nesse mundo onde a vida de uma pessoa vale menos do que um prato de comida quente, onde a propriedade privada é a mais sagrada ordem, toda a verborragia sobre justiça nada mais é do que uma mentira falaciosa. Para a justiça burguesa, novamente ganhou o direito de proteção à propriedade. E isso em um mundo onde cada vez mais pessoas não podem sobreviver com jornadas de 40 horas semanais, e é por isso que sobreviver com roubos poder ser algo mais do que digno.
O que joga importante papel agora é a imensa necessidade de expressar solidariedade, ainda que seja um ato simbólico, como pode ser uma concentração. Deveria ir mais além disso. As pessoas que estão na prisão podem ser apoiadas de diversas maneiras: escrevendo-lhes cartas e indo visitá-las, tornando público seu caso e situação, seja através de ações diretas, sabotagens, cartazes, pichações, etc.
Expressar solidariedade em uma sociedade onde as relações entre as pessoas se define através do facebook ou do twitter e não através de relacionamentos reais, onde as pessoas se apoiem mutuamente ou se ajudem mutuamente, seja qual seja sua origem e sexualidade. O que nos relaciona e liga a maioria das pessoas é nossa condição de explorados.
Para nós, como anarquistas, está claro que o Estado, por muito democrático que se intitule, somente defende os interesses das condições de produção capitalista e não das pessoas que vivem dentro dele. Por isso lutamos contra este, por isso temos que entender as consequências de mudar esse mundo e o que temos que fazer. O Estado não encarcerou nossa amiga por ser anarquista, mas porque questiona a situação e por isso supostamente passou à ação. Isso qualquer pessoa no mundo pode fazer e nã ;o precisa ser anarquista. Queríamos e queremos levar nossa solidariedade para a rua e mostrar que ela não está sozinha, como outros presos. Já que esse mundo aprisiona os problemas que produz, fingindo que com sua repressão resolve as coisas, mas ao final é somente u ma guerra social entre a classe dominante e os despossuídos.
Alguns dos presentes se expressaram positivamente ante a manifestação e os panfletos, nos dizendo que era necessário e bom fazer uma concentração sob tal temática (se referiam, sobretudo, ao apoio às pessoas encarceradas). Comunicou-se que haviam produzido-se várias ações em distintas cidades relacionadas à condenação da companheira, como por exemplo o comunicado de Rojava.
Presos à rua!
Pela abolição dos cárceres, do Estado e do capital!
Viva a anarquia!
Fonte: https://linksunten.indymedia.org/de/node/215161
Tradução > Liberto
Conteúdos relacionados:
agência de notícias anarquistas-ana
Brisa de outono
Como flechas de sombras
Os pássaros voltam.
Jorge Lescano
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!