O médico e anarquista estadunidense Robert Grodt (Demhat Goldman), que lutava nas fileiras das Unidades de Proteção do Povo (YPG, na sigla em curdo), morreu no dia 6 de julho durante uma batalha contra o grupo Estado Islâmico (EI) em Raqqa, na Síria, informou nesta terça-feira (11/07) às YPG, em um comunicado publicado em sua página do Facebook.
Em um vídeo, Grodt, de 28 anos e da Califórnia, disse que decidiu se vincular às YPG em março passado “para ajudar o povo curdo na sua luta pela autonomia na Síria e em outros lugares, e para ajudar a criar um ambiente mais seguro”.
Elizabeth Clarke, parente de Grodt, disse no Facebook que ele tinha “falecido inesperadamente na Síria”.
“Ele estava lá ajudando pessoas oprimidas, sua paixão de vida”, escreveu ela. “Sempre me lembrarei de Rob por seu compromisso com seus ideais. Ele e Kaylee me ensinaram a me acorrentar a outra pessoa nos protestos dos dias de Ocupe Wall Street e nunca vou esquecer a pronúncia correta em grego do meu sanduíche preferido, gyro”.
“O mais importante é que serei sempre grata por ele ter estado lá para Kaylee quando ela mais precisou de alguém e que ele era um pai maravilhoso para Tegan. Que dádiva deixou ao mundo! Obrigada por ser parte de nossa família”.
Grodt esteve nas manchetes durante o movimento Ocupe Wall Street em setembro de 2012 depois de ser filmado indo ao auxílio de Kaylee Dedrick, manifestante que recebeu uma borrifada de spray de pimenta da polícia, num vídeo que viralizou de repente. De acordo com relatos da época, os dois ficaram próximos depois desse incidente e mais tarde tiveram um filho juntos. Falando dessa época, Grodt teria dito: “Nada fortalece um relacionamento quanto um agente químico”.
Dezenas de voluntários estrangeiros que se juntaram às YPG nos últimos anos morreram na luta contra o EI. No entanto, Robert Grodt foi o primeiro a morrer numa ofensiva para recuperar Raqqa do controle do Estado Islâmico.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=9Euk63IYGbM
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!