Neste post publicamos um texto da Assembleia de anarquistas pela emancipação social e de classe sobre as contínuas tentativas das elites econômicas e sociais de eliminar o caráter festivo do domingo.
Nenhum domingo com lojas abertas. Contra-ataque social e de classe contra o Estado e o Capital
No marco da reestruturação capitalista a ofensiva do Estado e do Capital está se intensificando. Os gestores políticos continuam a ofensiva contra a sociedade sem parar, demonstrando a continuidade do Estado, não apenas apoiando e materializando as medidas no marco dos memorandos impostos por seus predecessores, mas impondo um quarto memorando e intensificando a indigência e o empobrecimento dos explorados e dos oprimidos, rebaixando constantemente os salários e as pensões, impondo a precariedade, o desemprego e a privatização da riqueza pública e dos recursos naturais.
Depois de várias tentativas de legislar a abolição do domingo como dia festivo, ou seja abolindo um direito trabalhista conquistado com duras lutas, recentemente foi votada a lei que prevê a abertura das lojas todos os domingos desde maio até outubro, ou seja 32 domingos ao ano. A abertura das lojas aos domingos vem a legalizar-se em nome do cobiçado desenvolvimento, do aquecimento da economia nacional e da criação de novos postos de trabalho, no entanto, não é nada mais que a continuação do agravamento das condições de exploração. Vem se somar à mudança violenta das condições de trabalho nas quais se inclui o trabalho remunerado, os horários de trabalho flexíveis, os contratos de trabalho individuais, a reciclagem dos desempregados através dos denominados programas de trabalho de interesse social, o trabalho sem seguro social, etc. Esta mudança conduz à continuação da desvalorização da força laboral, sempre beneficiando o Capital. Está integrada na tentativa de impor (consolidar) um modelo laboral mais flexível, no qual os trabalhadores terão que estar constantemente dispostos, segundo as necessidades dos patrões. No mesmo marco estão integradas as chamadas “Noites Brancas”, com os dependentes sendo obrigados a trabalhar até uma ou duas da madrugada.
A luta contra a abolição do domingo como dia festivo é mais um campo de luta no qual estamos reivindicando e estamos lutando por nossas necessidades. Praticando a solidariedade de classe e a auto-organização, resistimos a mais uma medida que pretende nos submeter, e nos opomos a qualquer tentativa de degradação de nossas vidas. A defesa do caráter festivo dos domingos, a luta contra os leilões de moradias, a luta pelo acesso livre aos meios de transporte massivos, as ações de solidariedade com os refugiados e os imigrantes, a luta pela defesa das okupas, assim como qualquer luta que monta barricadas contra a barbárie capitalista, constituem veredas que conduzem à liberação social, a uma sociedade na qual os de baixo deste mundo possam determinar suas vidas. Também fazem parte de uma luta mais ampla por um mundo de igualdade, solidariedade e liberdade, pela revolução social, a anarquia e o comunismo.
Quinta-feira, 13 de julho de 2017: Manifestação operária pela defesa do domingo como dia festivo, às 18 horas, Jafteia (esquina das ruas Stadiou e Eolou).
Domingo, 16 de julho de 2017: Greve no setor do comércio e concentração, rua Ermú, às 10 horas
Assembleia de anarquistas pela emancipação social e de classe
O texto em grego:
https://athens.indymedia.org/post/1575839/
O texto em castelhano:
Tradução > KaliMar
Conteúdo relacionado:
https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2017/07/05/grecia-por-que-nao-trabalhamos-aos-domingos/
agência de notícias anarquistas-ana
aceita
o vôo é o leito
da borboleta
Joca Reiners Terron
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!