A recriação para deter as tropas fascistas no marco do projeto “Reus 1937” reúne centenas de tropas uniformizadas até os últimos detalhes e muitos cidadãos seguidores do ato de homenagem.
“Conseguiremos a vitória!”. Foi essa frase que serviu de mantra nesse sábado para centenas de pessoas que compareceram a Praça Prim de Reus no marco de uma das recriações do projeto cultural “Reus 1937 Olhando o céu e furando a terra”, impulsionado pelo Coletivo Mandríl.lia com o apoio de outras entidades colaboradoras. Tratava-se de encenar a união de homens e mulheres com militantes da Confederação Nacional do Trabalho (CNT), combatentes na Batalha do Ebro, comunistas e republicanos. Todos na rua para poder deter as tropas fascistas. Todos iam acompanhados de veículos da época preparados e engalanados até o último detalhe.
Em uma das caminhonetes mais reluzentes se podia ler em letras bem grandes “Exército do Ebro”, por exemplo. Tudo muito cuidado. A apenas cinco minutos da hora combinada, a praça ao meio dia já estava cheia, transbordando de pessoas, sobretudo de efetivos uniformizados, todos ensaiando um ‘viva a república’ constantemente.
Punhos ao alto e sorrisos
Punhos ao alto e sorrisos que homenagearam o sentimento de um território para defender o que é seu, que geraram um efeito esmagador. Montanhas de fotógrafos, tanto aficionados quanto profissionais, correram para garantir lugar nas melhores posições, para imortalizar a coluna humana defensiva de 80 anos atrás. Buzinas e bandeiras vermelho e negras ocuparam lugar de orgulho vitorioso como também aviões que cruzaram o céu causando grande expectativa. Muitas crianças estavam visivelmente surpreendidas de ver o céu azul e limpo com aquelas rápidas máquinas voadoras.
Um dos momentos mais altos da manhã foi o discurso alentador que proferiu um dos personagens da época: “A política é a arte de viajar; existem muitos agravantes à guerra e sabemos que é muito duro, mas não deixaremos que passem!”, disse resumidamente. Na continuação, sentiu-se a grande massa inflando os pulmões para poder gritar bem alto “Não passarão!”. Esses instantes deixaram a massa excitada e que colocou em marcha toda a comitiva antifascista.
Percorreram alguns trechos, enquanto mais gente seguidora da ambientação e outras que tomavam conhecimento do ato iam somando-se ao evento. O coletivo cantava enquanto percorriam o trajeto e ao chegar aos arrabaldes de Jesús continuaram a melodia com o “Himno de los Segadores”. Durante seu canto mais pessoas se somaram, atraídos pela originalidade da rota histórica.
Os atos do dia continuaram com uma conversação pedagógica sobre o “Modelo educativo da Segunda República com vínculos na Escola Ativa dos anos 60”, realizada no vestíbulo do antigo Hospital San Juan, de modo que se abordaram todos os pontos de vista dessa época tão confusa e poliédrica.
Fonte: https://www.diaridetarragona.com/reus/Reus-recorda-la-marxa-al-Front-20170715-0039.html
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
Ah, mosca de inverno
– questão de dia ou de hora –
seu último instante?
H. Masuda Goga
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!