Em Tessalônica no domingo 16 de julho de 2017, no marco da greve convocada no setor do comércio a nível nacional, a “Coordenadora de ação contra a abolição do domingo como dia festivo e contra os horários ‘liberalizados’” procedeu a piquetes e bloqueios de lojas na avenida mais comercial do centro da cidade. A mobilização começou um pouco antes das 11h e terminou por volta das 14h. Muitas lojas não abriram durante a realização dos bloqueios. Entre elas várias lojas de marca, como Zara, Benetton, H&M, Marks & Spencer, Massimo Dutti, Stradivarious, etc.
Os trabalhadores nas lojas do centro reagiram positivamente à mobilização, no entanto, muito poucos foram os que participaram nela. Não faltaram os casos de “consumidores indignados”, ou seja de consumistas lobotomizados, aos quais fizemos várias referências em postagens anteriores. Vale a pena mencionar que em 16 de julho pela primeira vez se realizaram mobilizações semelhantes em várias cidades provincianas.
A União de Trabalhadores no Setor do Comércio de Tessalônica se viu obrigada a participar nas mobilizações, realizando bloqueios em várias lojas comerciais e grandes armazéns (Public, Notos, H/M, Attica). Evidentemente, este sindicato vertical (assim como a fração sindical do autodenominado Partido “Comunista”) nem propõe a organização horizontal e desde baixo, nem tem a intenção de levar alguma luta combativa contra os interesses dos patrões, pequenos e grandes.
Durante os bloqueios na maior rua da cidade apareceu uma jornalista de um diário digital de desinformação econômica. Os manifestantes lhe pediram que fosse embora, sem exercer violência. No entanto, deixaram claro que não iriam consentir na sua presença, dado que a página web na qual ela trabalha está claramente do lado da patronal, e várias vezes no passado havia jogado toneladas de lodo contra as okupas da cidade, preparando o caminho de seus desalojos.
No domingo 23 de julho as lojas do centro de Tessalônica permaneceriam abertas. Uns dias antes, os trabalhadores das lojas da cadeia Public foram informados pela patronal da empresa que iriam trabalhar no domingo. Os trabalhadores reagiram e as lojas permaneceram fechadas. Às 10h30 uns trinta membros da Coordenadora se concentraram fora da loja Public no centro da cidade, por ela a patronal da cadeia recorreria à ajuda de fura greves para abri-la. Os poucos manifestantes que se encontraram na rua comercial mais importante da cidade não puderam impor o fechamento das lojas citadas anteriormente. No entanto, durante um momento permaneceram fechadas e depois da retirada dos manifestantes abriram suas portas para aqueles que nesse domingo foram ao centro da cidade para comprar. A insistência do Capital e do Estado de impor a abertura das lojas aos domingos nos referimos em postagens anteriores.
O texto em castelhano:
Tradução > Sol de Abril
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Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!