Queridos companheiros:
Ainda com as coisas as costas e com a preocupação e o desespero, hoje me encontro contente de poder aos gritos de guerra que retumbam nos muros de pedra.
Um preso em guerra não deve ser tomado como bandeira, e por isso mesmo, apesar da força de minha vontade individual tenho que aceitar que os necessito para poder sair desta rotina asfixiante.
A fortaleza de um preso que se mantém em guerra no interior do cárcere provem principalmente do fato de sentir-se parte de uma extensão permanente da revolta e devo admitir que nestes anos não percebi mais do que apatia, produto talvez do cansaço e a impotência de saber que somos menos os que na realidade buscam algo melhor.
Não é mal ter medo, mas há que admitir que quase não existe comunicação. Não temos que nos distanciar, é triste recordar a uma companheira só quando se encontra à borda do perigo ou quando ocorrem situações complicadas.
Isto é uma breve mensagem que só tem a intenção de incitar à reflexão sobre o que consideramos “acompanhamento” ou “lutar contra o cárcere”.
Ainda com tudo isto, há que continuar sempre fortes no combate por recuperar nossas próprias vidas e estender todas as contradições que nos fazem coincidir nesta guerra declarada abertamente à sociedade e as pessoas que não coincidem com a forma de vida que tentam nos impor.
Aproveito também para informar que a data da audiência será o próximo 10 de agosto às 10 da manhã na primeira sala penal. Agradeço suas mostras de solidariedade e faço um chamado a seguir pressionando esta resolução pois é importante não deixar de lado as alternativas para sair deste lugar.
Com muita força e amor
Seu companheiro,
Fernando Bárcenas
Tradução > Sol de Abril
Conteúdos relacionados:
https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2017/07/29/mexico-carta-publica-de-fernando-barcenas-2/
agência de notícias anarquistas-ana
Tão pequena
E desbotada de chuva
A casa da infância!…
Paulo Franchetti
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!