Aconteceu em Barcelona, no espaço La Virreina LAB, no dia 19 de julho passado, o ato de apresentação do projeto de pesquisa ‘Gráfica obreira e anarquista’. A seguir, reproduzimos o chamado do evento e o link do vídeo da apresentação do projeto.
Gráfica obreira e anarquista (1870-1979) é um projeto de pesquisa interdisciplinar auspiciado por “La Virreina Centre de la Imatge” que pretende divulgar e explorar em profundidade – mediante um vasto programa de atividades – a riqueza da produção visual e iconográfica do anarquismo durante o século xx.
Barcelona é um dos lugares do mundo onde o anarquismo tem sido um movimento realmente importante desde o ponto de vista político, social e cultural. E se nossa cidade é atualmente uma referência na história do movimento obreiro, em boa parte se deve à intensidade do conflito social, um fogo atiçado principalmente pelos anarquistas, entre o último terço do século XIX e o final da Guerra Civil. Apesar das numerosas mordaças que ao longo do tempo trataram de silenciá-lo, a literatura sobre o movimento libertário é extremadamente abundante a escala tanto nacional como internacional. Suas vozes não calaram nunca.
Não obstante, a história do anarquismo é uma história ferida, com vendas nos olhos. Até a data não se realizou uma pesquisa exaustiva e de conjunto que reivindique o impressionante legado gráfico do movimento libertário. A história gráfica do anarquismo é uma assinatura pendente, e o escasso conhecimento que temos de sua inabarcável produção editorial – centenas e centenas de publicações ao longo de décadas – e de seus desenhistas, cartunistas, artistas de capa, fotógrafos ou cineastas constitui um flagrante exemplo de imagem velada. Um exemplo mais das numerosas zonas de esquecimento com que se foi construindo, ao longo do tempo, a memória oficial da cidade.
A apresentação da pesquisa terá a forma de uma conversação coral sobre o verão de 1977, momento marcado pelas tentativas apaixonadas de reconstrução do movimento, com dois acontecimentos cruciais: a celebração do mítim da CNT em Montjuïc e as Jornadas Libertárias do Parc Güell e o Salón Diana.
Quarenta anos depois daquele intenso – e fugaz – ressurgimento libertário, falaremos de suas luzes e sombras com:
Manel Aisa (Ateneo Enciclopédico Popular);Ángel Bosqued (Fundación Salvador Seguí); Canti Casanovas (La Web Sense Nom); Pep Castells (ex-membro do Sindicato de la Construcción de la CNT); Tomás Ibáñez (Movimiento Libertario); Paco Madrid (anarquista); Pau Martínez (historiadora); Iru Moner (Movimiento Libertario); Nazario (Nazario); Pepe Ribas (Ajoblanco); Paco Ríos (cineasta); Carles Sanz (Fundación de Estudios Libertarios y Anarcosindicalistas); Sonia Turón (secretaria de Cultura da CNT).
O Observatório da Vida Cotidiana (OVQ) é um coletivo independente e transdisciplinar coordenado pelo antropólogo Andrés Antebi e o historiador Pablo González que trabalha desde 1999 em projetos de pesquisa histórica e etnográfica na cidade de Barcelona. Seu objetivo principal é combinar as ferramentas próprias da pesquisa social com a potência evocadora das artes gráficas e visuais. Nos últimos tempos, seus trabalhos exploram temas tão variados como as lutas sociais, a história do jornalismo gráfico, as impressões coloniais em Barcelona ou a construção colaborativa da memória histórica dos bairros a partir dos fundos fotográficos populares.
Colaboram: Ateneo Enciclopédico Popular, Fundación Anselmo Lorenzo, Fundación Salvador Seguí
> Assista o vídeo (2:18:33) da apresentação do projeto ‘Gráfica obreira e anarquista’ aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=l3xy80ogmFU
Tradução > Sol de Abril
Mais fotos:
agência de notícias anarquistas-ana
o rio ao lado da estrada
corre
ri à gargalhada
Eugénia Tabosa
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…
Edmir, amente de Lula, acredita que por criticar o molusco automaticamente se apoia bolsonaro. Triste limitação...