Poucas horas atrás, um grupo de pessoas, membros do Encontro Autônomo de Luta contra o desvio do rio Aqueloo, ocupou a central hidrelétrica de Glystra, Tríkala, no fluxo alto do rio. Segue o primeiro comunicado da assembleia da ocupação.
Depois do 2 de agosto de 2017, data na qual o ministro de Meio Ambiente Famelos anunciou, como um Heróstrato moderno, a destruição definitiva do rio Aqueloo, depois da celebração de uma série de eventos políticos e culturais em Mesojora, e depois da realização da marcha da gente lutadora do povoado e de solidários contra a represa da Companhia de Eletricidade, no domingo 13 de agosto e na segunda 14 de agosto, às 15h00, uns membros do Encontro de Luta Autônomo, o qual tem mais de dez anos defendendo o rio e o povoado de sua destruição iminente, ocupamos a central hidrelétrica da Companhia de Eletricidade em Glystra.
O objetivo da ocupação é informar quanto seja possível, e despertar consciências sobre o fato silenciado de que aqui, no fluxo alto do rio Aqueloo, por um lado se está realizando uma destruição do meio ambiente e da sociedade local, através das obras técnicas faraônicas que estão construindo, e por outro lado desde faz muitos anos os habitantes da zona e solidários de todo o país conseguiram uma resistência de várias formas.
Nos opomos redondamente ao anuncio governamental da destruição do planalto do rio Aqueloo, dos bosques de suas margens e de todo o ecossistema local, com a construção de uma represa e a substituição de seu canal ao longo da trama de seu fluxo que é natural, no sul da serra de Pindos, por uma série de reservatórios artificiais (ou seja de uns charcos de água enormes). A construção da represa conduzirá ao afundamento e a desaparição do povoado de Mesojora e a médio prazo ao desvio, a privatização e a venda das águas do rio, as quais se canalizará a região de Tesalia, cujos recursos naturais estão desperdiçando-se e contaminando-se de maneira desmesurada há muitas décadas, sendo o maior responsável disto o Estado.
Frente à política diacrônica do Estado e as ordens do Capital, cujo fim é ficar com o controle absoluto e saquear o meio ambiente e seus recursos até seu esgotamento, chamamos a todas as pessoas dos povoados locais de Aspropótamos e em todo o país que pensam livremente, a contribuir por todos os meios possíveis com a luta pela defesa do rio Aqueloo e do povoado de Mesojora, que está resistindo há trinta anos. Tanto o rio como o povoado são ameaçados com destruir-se completamente, devido aos planos (intenções) dos estatistas que anseiam ostentar postos públicos adulando aos soberanos, e aos interesses dos capitalistas especuladores.
Contra o saque da natureza, luta por terra e liberdade. Aqueloo sairá vencedor. Mesojora vai sobreviver. Que se derrube a represa, que viva o povoado e que a água flua livre para sempre.
Solidariedade com a gente lutadora do noroeste de Calcídica.
Saudações combativas desde o sul de Pindos,
As okupas desde Atenas, Patras, Arta, Karditsa, da central hidrelétrica de Glystra, Tríkala,
Segunda-feira, 14 de agosto de 2017.
O texto em grego:
O texto em castelhano:
http://verba-volant.info/es/ocupacion-de-central-hidroelectrica-contra-el-desvio-del-rio-aqueloo/
Tradução > Sol de Abril
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Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!