O texto intitulado “Não à construção de um Centro Comercial na Academia de Platão”, é referente a um protesto do bairro vizinho à Academia de Platão, sobre a construção de um gigantesco centro comercial por cima das ruínas do recinto arqueológico. Apesar da inexatidão da suposta luta do atual partido governamental esquerdista, quando ainda era da oposição contra a construção do Shopping, e as falsas ilusões pequeno burguesas sobre outro tipo de desenvolvimento (“o desenvolvimento do bairro”) dentro do capitalismo e no âmbito de uma urbe monstruosa, o texto é uma das poucas vozes de protesto contra a impermeabilização total e a mercantilização neoliberal absoluta de todos os espaços públicos da cidade.
No dia 9 de maio de 2017 o Conselho Governamental de Política Econômica decidiu dar luz verde à construção do Shopping pertencente à multinacional Artume-Blackroc no terreno da velha fábrica Muzakis, depois da contribuição realizada pelo ministro do Meio Ambiente Giorgos Stathakis.
O ministro, ignorando os protestos dos habitantes dos bairros da Academia de Platão, de Sepolia, de Peristeri, etc, bem como as contribuições do anterior ministro do Meio Ambiente ao Conselho de Estado e desrespeitando as sugestões do Comitê de Vizinhos, resolveu adotar todos os argumentos da multinacional, anunciando que assinaria um memorandum de colaboração com a multinacional, tal como já tinha feito o prefeito de Atenas, Giorgos Kaminis, recebendo em troca a gorjeta das medidas de compensação.
O governo do Syriza esqueceu-se das lutas que tinha dado durante muitos anos quando era Oposição, para que não se construísse o monstro de Artume, e deu luz verde (à sua construção) usando como argumento o parecer do Conselho Arqueológico Central sobre a altura mais baixa que teria que ter o centro comercial nas suas laterais, junto à estrada do Cefiso e às ruínas do recinto arqueológico da Academia de Platão.
Ignorou o parecer do Eforado Arqueológico, no qual insistia que o centro comercial teria que ter 15 metros de altura, e optou por dar luz verde aos planos da multinacional em nome do “desenvolvimento”. Em nome de um “desenvolvimento” que provocará alterações nas características de nossos bairros, a impermeabilização deles, assim como problemas de circulação de veículos e, ainda, a aniquilação de pequenos negócios nos bairros de Peristeri, Egaleo, Ilion e Sepolia.
O governo dos partidos Syriza e Anel não promove o programa de reforma urbanística, cujo o núcleo é o sítio arqueológico (da Academia de Platão) na zona industrial que o rodeia, e tem facilitado, até agora, a construção do Shopping. Deste modo, está entregando o recinto arqueológico da Academia de Platão aos planos de “desenvolvimento” da multinacional, cujos o objetivo é um “Shopping” conectado com o parque!
O argumento que se irá debater sobre as “medidas compensatórias” que terá o bairro da Academia de Platão não nos convencem. Deste modo, vemos que as consequências serão devastadoras para o nosso bairro e para os bairros vizinhos.
Nós insistimos:
– Não à construção de um Shopping no terreno da velha fábrica de Muzakis.
– Não à mercantilização de um bem cultural, reconhecido a nível mundial, transformando-o em um Shopping.
– Sim ao desenvolvimento do bairro, beneficiando a todos, e com a transformação do sítio arqueológico da Academia de Platão em um monumento cultural.
Comitê de vizinhos do bairro da Academia de Platão
O texto em grego:
http://www.apenantioxthi.com/2017/06/oxi-sth-kataskevi-mall-sthn-akadimia-platonos.html
O texto em castelhano:
Tradução > Rosa e Canela
agência de notícias anarquistas-ana
Se o laço do obi
voasse ao ikebana.
Borboleta azul?
Luiz Bacellar
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!