A Escola de Verão de 2017 da CNT foi realizada de 18 a 20 de agosto na cidade de Transpinedo (Valladolid). O calor atingiu duramente os presentes, como esperado, na região de Tierra de Pinares de que faz parte Transpinedo, mas ojalá todas as dificuldades que temos que enfrentar as pessoas da classe trabalhadora fossem como esta. Claro, isso não foi suficiente para dissuadir a tarefa que queríamos realizar com a Escola: que os sindicatos de dentro e fora do Estado espanhol – no final um total de dezoito – tiveram a oportunidade de analisar em conjunto a sua ação sindical.
A CNT continua a crescer em filiação e presença nos centros de trabalho. Mais e mais trabalhadores estão caminhando para defender diretamente os direitos que lhes são retirados pelos empregadores e pela administração; já não esperam sindicatos subsidiados para assinar convênios em seu nome mas por suas costas, ou políticas de emprego que multiplicam subcontratos e precariedade, sem olhar para qualquer outra melhoria do que a dos lucros empresariais.
Com o seu modelo de luta sindical “sem medo, sem liberados e sem subvenções”, a CNT está se formando como uma alternativa para a classe trabalhadora. Mas para enfrentar os desafios do seu crescimento, é imperativo que a organização afine suas ferramentas e que as pessoas filiadas compartilhem experiências e ferramentas de ação. Para este fim, ela reuniu uma Escola de Verão de 18 a 20 de agosto em Transpinedo (Valladolid).
Foram três dias de sessões intensivas em que as companheiras e companheiros partilharam conhecimentos e debates sobre diferentes níveis de ação sindical. Tivemos a presença dos sindicatos de Aranda de Duero, Aranjuez, Cáceres Norte, Córdoba, Guadalajara, Gijón, Iruña, Lebrija, Logroño, Madrid (Artes Gráficas e Espetáculos, Transporte e Ofícios Vários), Valladolid, Villaverde e Zaragoza. Também estiveram presentes sindicatos de outros países com os quais a CNT mantém relações fraternas e colaborativas: a FAU de Hannover e IWW de Colônia (ambas da Alemanha) e a IWW Londres (Reino Unido).
É uma alegria destacar que na centena de participantes haviam praticamente tantas mulheres como homens.
A sede da Escola foi nas instalações da municipalidade de Transpinedo, localidade que já recebeu antes três edições da marcha-corrida contra o desemprego organizada pela CNT Valladolid.
Os eixos do programa da Escolar foi ação sindical, comunicação social e técnicas de trabalho coletivo. Todo o evento foi baseado na autogestão, e os próprios participantes contribuíram com as palestras para seus companheiros e companheiras.
Na abordagem ao tema sobre a ação sindical, se viu uma revisão de estratégias para negociação coletiva, o processo de constituição de seções sindicais, a ação ante dos EREs e reestruturação, bem como a greve como uma ferramenta. Estes temas foram abordados através de apresentações e oficinas baseadas em casos práticos, fornecidos pelos sindicatos de Lebrija, Zaragoza e de Artes Gráficas e Espetáculos de Madrid.
Uma palestra do jornalista do ‘Último Cero’, Fernando Vedovelli, iluminou os interesses e condições por trás dos conteúdos da mídia convencional.
Este contexto significa que uma das frentes sindicais essenciais é quebrar o silêncio e trazer à população as denúncias e reivindicações das organizações de classe; o estudo dos meios e das técnicas para este propósito foi o tema de oficinas e colóquios dos membros de Artes Gráficas e Espetáculos de Madrid e do sindicato de Gijón, ambos recentemente “no olho do furacão” por suas campanhas a este respeito.
A tarefa de lidar com os problemas do trabalho em comum e as técnicas para resolvê-los ficou a cargo das pessoas filiadas ao sindicato de Valladolid: tanto o estudo de casos práticos reais e o tema geral da formação de grupos e resolução de conflitos foram trabalhados.
Além das atividades de formação para os filiados da CNT, a Escola teve um programa de atividades abertas ao público em geral:
– Ao longo da semana, exposição de documentos históricos-fotográficos e cartazes da CNT durante a guerra contra o franquismo, preservada pela Fundação de Estudos Libertários Anselmo Lorenzo.
– Na sexta-feira à noite, dia 18, projeção de desenhos animados educacionais para meninas, meninos e adultos.
– Um grande concerto no sábado à noite, dia 19, a cargo do ‘De Perdidas Al Trío’ e da ‘Overall Brigade’, que devemos ser gratos por sua entrega e bem fazer.
– Também no sábado, dia 19, foi feita uma homenagem pública às vítimas do franquismo no monumento erigido em Transpinedo. Apreciou-se o desempenho do cantor-compositor Chusma e se fez a leitura de um texto – “Os esquecidos dos esquecidos” – que reafirma o compromisso da CNT com a justiça para as vítimas do genocídio franquista que marcou a nossa história.
A Escola foi um momento para enriquecer a formação da militância da CNT, mas também para fortalecer os laços dentro dela. Dois fatores positivos que aconselham repetir a experiência no futuro, como comentado pelas pessoas que participaram dela.
Para isso e para mais, #CuentaConCNT
Fonte: https://www.cntvalladolid.es/CNT-sale-fortalecida-de-Su-Escuela-de-verano-en-Traspinedo/
Tradução > Liberto
Mais fotos:
agência de notícias anarquistas-ana
Perfume de rosa
ao redor daquela casa.
Quero morar lá!
Reges Henrique Estácio Endriote, 12 anos
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!