O que enche de estupor qualquer ser humano sensível e bem nascido?
O que nos emociona? O que nos deixa perplexos?
A impunidade dos que fazem uso da força para aniquilar vidas, os que colocam em cena o impensável e torna presente o monstruoso para semear o terror na população.
Tudo isso é sintetizado nos fatos aberrantes como a desaparição forçada de pessoas. Fenômeno social que essa sociedade, da Região Argentina, tem triste memória. Uma trágica história que parece retornar.
Ninguém evapora como água ou desaparece como um material biodegradável. Ninguém fica fora do espaço e tempo sem haver forças materiais concretas que hajam perpetrado um crime, o de acabar com uma vida e ademais ocultar o delito, semeando impunidade.
As pegadas de Santiago Maldonado são indeléveis, múltiplas testemunhas estiveram juntos a ele no fatídico 1º de agosto de 2017 na Comunidade Mapuche Pu Lof Cushamen de Chubut. Existem registros de sua presença em uma biblioteca e de sua solidariedade concreta, colocando o corpo em autodefesa das terras apropriadas por um magnata.
Quem o conheceu, sabia de suas convicções libertárias, de sua nobreza e compromisso explícito. De sua impugnação ao perverso e infame sistema capitalista, predador da vida em todas as suas expressões. Sabiam também de sua exaltação do apoio mútuo e das palavras ditas ou escritas pela ação solidária, fraternal.
Passados 29 dias, Santiago Maldonado continua com a condição de “desaparecido” e o Estado não explica as tenebrosas circunstâncias que ocasionou essa situação.
Nem mesmo as manobras de distração, nem a estigmatização, nem a distorção desinformativa dos fatos perpetrada pelos jornais servos do capital, nem a hipocrisia institucionalizada e corporizada podem deter o clamor que já ganhou as ruas, as escolas, os hospitais e todos os âmbitos imagináveis.
A exigência é irrefutável, inegociável, irrenunciável e impostergável.
APARIÇÃO IMEDIATA COM VIDA DE SANTIAGO MALDONADO!
Carlos A. Solero
Membro da Asamblea Permanente por los Derechos Humanos (APDH) Rosário
Quinta-feira, 30 de agosto de 2017
Tradução > Liberto
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agência de notícias anarquistas-ana
Gosto de mamão
E a minha vó me ajuda
Tirar as sementes.
Andréia Cristina Peixoto – 11 anos
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!