O texto a seguir aborda as denúncias publicadas na página web seasonfight.gr sobre as condições de trabalho e de sobrevivência dos escravos modernos no setor do turismo.
Os termos descritos abaixo falam-nos das condições de sobrevivência, no setor da alimentação e do turismo, dos escravos assalariados em Santorini, no Hotel Spiliotica On The Cliffs, nos meses de alta temporada da ilha, isto é, durante cinco, seis ou sete meses ao ano.
No início da temporada, o dono do Hotel contratou trabalhadores para a nova época. No contrato, o dia laboral era de nove horas diárias e o salário de 1.100 euros por trabalhador. Poucos dias depois, o patrão exigiu que se trabalhasse pelo menos quatorze horas diárias. Quando chegou o momento do pagamento, os trabalhadores perceberam que as surpresas desagradáveis não teriam fim: o montante, para os mais sortudos, era de 866 euros. Mesmo assim, nem todos os trabalhadores foram pagos e, o dono do hotel continua devendo à maioria.
No entanto, neste negócio turístico o terrorismo patronal ainda vai mais além: Há alguns dias, o dono do hotel bateu numa trabalhadora por ter dormido com o seu namorado na casa-calabouço que lhe tinha concedido. Este incidente aconteceu na frente dos seus filhos e de alguns trabalhadores do hotel. Quando a trabalhadora reclamou pelo dinheiro que lhe devia, a filha do dono insultou-a verbalmente e com gestos sexistas.
No alojamento onde vivem os escravos assalariados as condições de higiene são, pelo menos, inaceitáveis e muito perigosas para a saúde. No início, o patrão-valentão prometeu aos trabalhadores que só duas pessoas do mesmo sexo iriam partilhar um quarto. Claro que, não cumpriu a sua palavra. Num quarto vivem seis rapazes e moças, mais os insetos e os répteis que diariamente partilham o espaço. O alojamento encontra-se num sótão de um velho edifício, sem ventilação.
As condições de trabalho e de sobrevivência dos escravos assalariados no Hotel Spiliotico On The Cliffs são as mesmas de muitos outros trabalhadores na ilha, em outras ilhas e em outros lugares turísticos da península, bem como nos navios de cruzeiros. Em cada primavera milhares de pessoas, sobretudo jovens, vêem-se forçados a “emigrar” para as ilhas para passar uns meses de pura escravatura nos negócios da indústria turística do país. O número de turistas pode aumentar ou diminuir, contudo, ano após ano o salário dos escravos modernos vai sendo menor e as condições laborais vão piorando, ao mesmo tempo, que as ganâncias dos patrões, pequenos ou grandes, vão aumentando.
O texto em castelhano:
Tradução > Rosa e Canela
agência de notícias anarquistas-ana
casa na neve
odores vindos de longe
o céu como teto
Célyne Fortin
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!