Salvadora Medina Onrubia, uma mulher adiante da sua época, viveu em uma eterna contradição. Cometeu todos os pecados imagináveis para uma mulher de princípios de século XX: ser mãe solteira – em tempos em que isso era incompreensível, anarquista, jornalista e dramaturga com tão somente 15 anos.
Sua vida oscilava entre o movimento libertário, e o universo burguês de seu marido, Natalio Botana, do qual fazia parte. Salvadora se dedicou com afinco a conseguir a libertação de Simón Radowitsky – preso pelo assassinato do Chefe da Polícia de Buenos Aires, Ramón Falcón-. Também esteve envolvida na luta da Semana Trágica. Sendo além disso a primeira mulher a fazer discursos nos comícios multitudinários anarquistas.
Salvadora, dirigido por Daiana Rosenfeld, se adentra, através de diários autobiográficos, poemas e documentos pessoais, documentos que descrevem a vida de uma mulher que não se encaixou nos estereótipos da época. Ao mesmo tempo, busca no mundo interno de uma escritora revolucionária e frágil, que pareceu viver em uma solidão anacrônica e terminousua vida no anonimato.
Rosenfeld é realizadora integral de cine documentário e docente de cine e mídia e artes audiovisuais. Salvadora, é seu terceiro documentário e o primeiro que faz sozinha, antes havia codirigido com Aníbal Garisto o “Polonio e os ojos de América”, com o qual ganhou o Prêmio Martín Fierro 2016 ao Melhor documentário visto na televisão.
Salvadora foi produzido e dirigido Daiana Rosenfeld, que também foi a responsável da produção, da fotografia e da montagem. O som é de Gaspar Scheuer e a música pertence a Martín Rodríguez.
O documentário estreou na quinta-feira 17 de agosto em diversas salas de cinemas.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=i7LgL6odo1o
Tradução > Sol de Abril
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!