O Departamento de Segurança Interna (DHS, sua sigla em inglês) estadunidense classificou formalmente as atividades dos grupos antifascistas (antifas) como “violência terrorista doméstica”, na sequência do aumento de tensão no país entre forças neonazis e os antifascistas.
As autoridades federais alertaram as autoridades estaduais e locais desde o início de 2016 de que os “extremistas anarquistas” conhecidos como “antifa” se tornaram cada vez mais conflituosos e perigosos, tanto que o Departamento de Segurança Interna classificou suas atividades como “violência terrorista doméstica”, de acordo com entrevistas e documentos confidenciais de aplicação da lei obtidos pela imprensa local.
Documentos anteriormente não declarados revelam que, até abril de 2016, as autoridades acreditavam que os “extremistas anarquistas” eram os principais instigadores da violência em manifestações públicas contra uma série de alvos. Eles foram responsabilizados pelas autoridades por ataques à polícia, governo e instituições políticas, juntamente contra símbolos do sistema capitalista, racismo, injustiça social e fascismo, de acordo com uma avaliação confidencial de inteligência conjunta de 2016 realizada pelo DHS e pelo FBI (polícia federal estadunidense).
Desde os acontecimentos de Charlottesville, Virgínia, as autoridades federais já emitiram vários alertas para a possibilidade de aumento de violência. Vários agentes de autoridade deixaram claro que a retórica e ideias inflamatórias de Donald Trump ajudaram na escalada das tensões no país e as autoridades sentem dificuldade em responder a esses alertas, segundo a imprensa local.
A decisão do DHS parece reforçar a insistência de Donald Trump de que os “extremistas anarquistas” representam um problema nacional e tiveram também parte da responsabilidade nos confrontos em Charlottesville, quando um militante de extrema-direita matou uma pessoa ao avançar com um carro contra uma multidão de manifestantes antirracistas. Trump foi alvo de duras críticas por igualar supremacistas brancos com manifestantes contra o racismo.
Em fevereiro deste ano, a administração Trump redesenhou o programa nacional de contra-terrorismo para que este focasse exclusivamente no terrorismo islâmico, excluindo a extrema-direita e as suas atividades, que incluem tiroteios e atentados com bombas, segundo a Reuters. Durante os anos da administração Obama, 95% das conspirações/ataques descobertas nos EUA vinham de supremacistas brancos ou neonazis, de acordo com dados do Southern Poverty Law Center, organização que monitora os grupos de extrema-direita no país. Entre 2000 e 2016, os grupos de supremacistas brancos aumentaram 52%, segundo a mesma organização.
agência de notícias anarquistas-ana
sinto um agudo frio:
no embarcadouro ainda resta
um filete de lua
Buson
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!