Em 13 de setembro de 2017, foi realizada uma marcha à embaixada da Turquia (fotos) no centro de Atenas, em solidariedade com Nuriye Gülmen e Semih Özakça, que estão presos há 114 dias e 190 dias em greve de fome contra o estado de emergência imposto na Turquia no ano passado e, em geral, contra o regime militar e fascista do governo de Erdogan. Os dois ativistas serão julgados hoje, 14 de setembro de 2017. A seguir, publicamos um dos chamados à marcha, assinado por vários grupos.
Após a tentativa de golpe de Estado de 15 de julho de 2016, o Poder, através do partido AKP, declarou o estado de emergência em todo o país e guerra ao povo. Com vários decretos demitiu e continua demitindo milhares de trabalhadores que estão contra Erdogan. O objetivo do AKP é aproveitar esta situação para lançar todo aparelho repressor do Estado contra todos os que se opõem ao seu regime, e intimidar ao povo com pressões e chantagens. Milhares de esquerdistas, democratas e funcionários foram demitidos sem que ninguém explique o porquê.
Os professores Nuriye Gülmen e Semih Özakça iniciaram uma greve de fome em 9 de março de 2017 contra as ações arbitrárias e ilegais de Erdogan e de seu partido. Eles foram detidos no 76º dia de sua greve de fome, quando o estado de saúde de ambos se deteriorou e a notícia da greve de fome estava se espalhando por toda a Turquia. Em 14 de setembro de 2017, 190º dia da greve de fome, serão realizados seus julgamentos em Ankara. Eles continuarão lutando até recuperar seus empregos e seus direitos, mesmo que a saúde esteja piorando.
Eles são a voz de milhões de pessoas que estão resistindo ao fascismo do estado de emergência, dos mais de 100 mil funcionários demitidos, que foram suspensos por decretos e privados de todos os direitos humanos. É nosso dever ficar ao lado de Nuriye e de Semih, nos opondo às ofensivas do fascismo. É nosso dever defender todos os ativistas e apoiar o povo da Turquia que está resistindo. Para que Nuriye e Semih vivam, devemos apoiar sua firme resistência e espalhar suas justas exigências em todos os lugares.
Que vivam Nuriye e Semih. Que sejam libertados e que suas demandas sejam aceitas. Que o estado de emergência seja abolido. Que os decretos, com os quais foi imposto este estado, sejam abolidos. Deixe-os voltarem ao trabalho.
O texto em castelhano:
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