Evento ocorre nos dias 16 e 17 de setembro, no Centro Social Cordon Nordon, J. Requena 1758, esquina Daniel Munoz, Montevidéu. Além de livros, vídeo e palestras serão apresentados.
O Capital em sua voracidade infinita, vem se reestruturando, buscando se proteger num mundo que já não pode mais suportar sua exploração. Como nunca na história das comunidades, os seres humanos se enfrentam a um possível extermínio massivo. A destruição da natureza à serviço da ganância capitalista será o resultado final se a grande empresa domesticadora não for detida.
As diferentes lutas deverão passar, nos anos que virão, de um descontentamento mais ou menos visceral e consuetudinário, a projetar-se realmente se queremos sequer sobreviver. Se antes a opção dos donos do mundo era a perpetuação de uma vida sem sentido, a cultura das hierarquias e a exploração, hoje o risco é muito mais grave. Os sistemas “naturais” caem.
Nossa opção e responsabilidade, é a transformação de nossas vidas, a transformação dos indivíduos e das comunidades. Nossa opção e responsabilidade é desencadear a revolução social. A destruição da cultura do aproveitamento e da exploração, não virá de novo maquiavelismo, um novo salvador ou outro partido que nos venda suas bondades altruístas.
A única opção é confiar na capacidade humana de transformar a realidade, de construir novos modos de relacionarmos com o que nos rodeia e acabar com os carcereiros. A vida, baseada no apoio mútuo, na solidariedade e na liberdade, não apenas é um sonho realizável e pelo qual vale a pena lutar, mas sim, é uma necessidade vital.
Na tarefa de criar formas de convivência sustentável ecológica e socialmente, deveremos pôr muita vontade, os financistas, banqueiros, políticos e militares não abandonarão seus privilégios assim sem mais nem menos. As anarquistas, as refractarias, as revolucionárias, sabemos que não bastam as boas intenções, mas sim que terá que lutar. O mundo da exploração não apenas se baseia em grandes mentiras e criação de necessidades estúpidas, mas também em corpos armados que defendem a quem se beneficiam dele. Nossa responsabilidade, então, é anular seu poder contagiando novas possibilidades mais desejáveis.
Devemos impulsionar a ação, as propostas, a experimentação social e criar os momentos para pôr em questão realmente a existência do mundo defendido pelo Estado. As feiras do livro anarquista são apenas partes desses momentos que buscam a reflexão e a criação coletiva de sentidos. São uma parte mais para potencializar as experiências da criação de liberdade aqui e agora.
Frente a um continente cada vez mais militarizado e estratificado, frente a um território cada vez mais controlado, contaminado e encerrado no serviço, devemos responder firmemente. Apenas a auto-organização das pessoas, baseando-se em formas de relacionamento livres, prazerosos, recíprocos e respeitosos, poderá se opor às forças cada vez mais centralizadas do capital financeiro. Apenas a coragem de lutar nos dá a capacidade de escrever nosso destino.
Grupo organizador da sexta feira do livro Anarquista de Montevidéu.
feriaanarquistamvd.wordpress.com
agência de notícias anarquistas-ana
Infância no campo
brincava nas plantações.
Bonecas de milho.
Leila Míccolis
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!