Por Revolutionary Abolition Movement -NYC
Pelo aniversário da insurreição na cadeia Ática e o aniversário de um ano da greve nacional das prisões de 2016, colocamos duas faixas em Queens pelo Departamento de Correções [agência governamental responsável pela supervisão das pessoas encarceradas]. Convocamos todas as pessoas envolvidas na luta revolucionária e antifascista para se juntarem a nós na luta pela abolição [das prisões].
Neste aniversário, os.as revolucionários.as estão em uma batalha contra a extrema-direita. O movimento nacionalista branco agora está no comando do poder do Estado, e mais uma vez, o fundamento racista dos Estados Unidos é descoberto para o mundo ver. Quando olhamos para o levante em Ática e a memorável greve nas prisões, reconhecendo o contexto político da época, devemos notar que os membros do MAGA ou da KKK não são anomalias marginais nos EUA, mas são a essência da própria América.
Esses momentos de revolta, então, são monumentos da nossa resistência histórica contra a escravidão e a sociedade escravagista. Ática, como todas as prisões, e a campanha de Trump, como todas as campanhas políticas dos EUA, estão fundamentalmente enraizadas em uma anti-negritude que permite ao sistema político e social na América operar. Para acabar com este sistema de escravidão, devemos olhar para o levante Ática e para as greves nas prisões como exemplos concretos de potencial revolucionário.
No dia 9 de setembro de 1971, os.as prisioneiros.as da notória fundação “corretiva” de Ática se revoltaram em face aos contínuos maus tratos e às condições horrendas de vida na cadeia. O levante da prisão transformou-se numa negociação envolvendo reféns, não pela liberdade dos.as presos.as, mas pela exigência mais modesta o possível: um melhor tratamento para os.as presos.as. A base das demandas – ser tratada como gente e não como “animais” – articulou a própria uma demanda que, em si, nunca poderia ser cumprida. A desumanização é o único propósito do sistema carcerário e um dos principais instrumentos que a supremacia branca usa para manter seu domínio.
Elliott James “LD” Barkley, o jovem que negociou os reféns com as autoridades durante aquele levante, sabia que a possibilidade de não resolver bem esta situação “ameaçava a vida de não só nós [os.as presos.as], mas de todas as pessoas e cada um de vocês também”. Em uma horrível reafirmação do domínio da autoridade, e para confirmar tragicamente a afirmação de Barkley, os policiais atiraram em Barkley pelas costas.
Quase meio século depois, em 2016, com o espectro do massacre na Ática ainda assombrando todas as instituições penais na América, os.as presos.as corajosamente proclamaram que a prisão é, de fato, a escravidão moderna e deve ser combatida como tal. No dia 9 de setembro, os.as presos.as agitaram uma greve nacional de prisões – a maior da história dos EUA – que se espalhou em 46 cadeias. O Movimento Revolucionário Abolicionista (Revolutionary Abolition Movement) gostaria de homenagear os rebeldes das cadeias de Kinross a Holman no Alabama. Reconhecemos a importância e o significado das greves nas prisões para o movimento revolucionário; e a guerra contra a escravidão, que por sua vez é o pilar da sociedade americana, continuará indefinidamente.
Saudamos os.as bravos.as presos.as da cadeia de Ática pela greve em 2016 e saudamos todos.as os.as rebeldes da prisão que lutaram contra o sistema carcerário da supremacia branca. Aqueles que lutam desde dentro dos muros estão lutando por todos e lutando nas condições mais draconianas. Vamos nos unir a essa pessoas em sua bravura, e tirar lições de suas ações enquanto nos envolvemos em uma luta revolucionária compartilhada. Se quisermos ter sucesso como antifascistas, também devemos ser abolicionistas. Se quisermos ser abolicionistas, devemos destruir a prisão, queimar os latifúndios e abolir o Estado que os construiu.
As prisões são escravidão!
Fiança é extorsão!
Que os policiais queimem nos campos!
Queime o latifúndio americano abaixo!
Tradução > Tormentas de Fogo
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