Escritora alemã Elisabeth Loibl conta a história de irmão que nasceu no Brasil mas voltou para a Alemanha com os pais e foi perseguido.
Formada em letras anglo-germânica e arqueologia, Elisabeth Loibl pensava em fazer uma espécie de diário familiar. Mas acabou por ver uma história maior se impôr e resultar no livro “Memórias de um Adolescente Brasileiro na Alemanha Nazista”, da Editora Melhoramentos.
A história foi desenhada nas conversas por e-mail entre a escritora, que mora no Paraná, com o irmão mais velho, Rodolfo, que vive em São Paulo. Nas cartas virtuais ele narrou para ela as lembranças dos dez anos mais conturbados de sua vida, dos 8 aos 18 anos, quando viveu na Alemanha durante a Segunda Guerra.
“Somente agora, aos 85 anos, me atrevi a remexer no meu passado e a contar minha trajetória, como um pedido de paz ao destino”, conta o narrador do livro, que é o próprio Rodolfo.
Responsável por assumir a voz de Rodolfo, a irmã arqueóloga e escritora compõe uma história romanceada, com explicações históricas, notas de rodapé e fotos do álbum da família durante o período de “guerra sangrenta”.
Trajetória
Os pais de Elizabeth e Rodolfo se conheceram no Brasil, para onde suas famílias emigraram após a Primeira Guerra Mundial. Rodolfo, o primogênito, nasceu em 1930, no bairro de Vila Mariana, em São Paulo, onde o casal fixou residência. Teve uma infância feliz e tranquila, com piquenique às margens do Rio Pinheiros e educação no hoje chamado Colégio Porto Seguro, escola fundada por alemães.
Esse enredo tranquilo mudaria drasticamente. Em meados dos anos 1930, as promessas do partido de Hitler, que assumira o poder na Alemanha, começaram a ecoar por aqui, como destaca a narrativa de Rodolfo no livro.
“Embora a grande maioria dos membros da colônia teuto-brasileira em São Paulo não tenha simpatizado com a propaganda hitlerista, não eram poucos os que se deixaram impressionar com ‘aquele homem’ que havia tirado a Alemanha da miséria. Afinal, Hitler tinha conseguido a difícil empreitada de acabar com a inflação e com o desemprego”.
Os Loibls estavam nesse grupo dos que se entusiasmavam com as notícias. Tanto que, em 1938, resolveram retornar à Alemanha.
Mas Rodolfo e os pais encontraram um cenário diferente. Mesmo sendo filho de alemães, por ter nascido no Brasil, o garoto era constantemente agredido na escola e acusado de ser inimigo do Estado alemão. O clima era de medo e opressão, não havia trabalho e a hiperinflação afetava o comércio.
Tolerância
Diante desse cenário, a família tentou retornar ao Brasil, mas não conseguiu, já que todos os vistos foram cancelados. Depois de uma temporada na Bavária, com parentes, eles conseguiram se mudar para Varsóvia. Mas nem assim ficaram a salvo de bombardeios, intransigência, preconceito, fome e perdas humanas e materiais. Muitos de seus amigos morreram ou desapareceram, e um incêndio destruiu a casa da família.
Para Elisabeth, que nasceu na Alemanha durante a Guerra, seu livro apresenta a oportunidade de discutir temas universais como a intolerância. “O que acontecia com a Alemanha naquela época? Uma falta de tolerância total, uma imposição da vontade. (…) Esse livro mostra, principalmente aos jovens, o que pode acontecer com o mundo onde há falta de respeito ao próximo e intolerância”, diz.
agência de notícias anarquistas-ana
janela que se abre
o gato não sabe
se vai ou voa
Alice Ruiz
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…