Durante os dias 21 e 22 de outubro foi realizada em Alicante a I Mostra do Livro Anarquista, organizada por uma Assembleia de pessoas interessadas em divulgar as ideias libertárias na cidade e, sobretudo, para descobrir o mundo dinâmico da edição de textos anarquistas.
Desde as primeiras horas da manhã, os organizadores começaram a instalar todo o necessário para o funcionamento desta I Mostra, montando as mesas para as diferentes distribuidoras, colocando cadeiras, faixas, recebendo os participantes, cozinhando a comida e jantar para todos os que queriam e preparando os diferentes espaços que seriam utilizados ao longo do dia: espaço para distribuidoras, apresentações e debates, comida e atividades para as crianças.
Após às 10h30, dois companheiros da Assembleia abriram a Mostra com um convite para o debate e a participação, agradecendo aos presentes, bem como aqueles que trabalharam e ajudaram durante todo este tempo, para que a I Mostra do Livro Anarquista de Alicante fosse um sucesso.
Na sequência, Yanira Hermida apresentou seu livro “Lutaram por um novo mundo. Lucía Sánchez Saornil e Sara Berenguer, militância anarquista durante a Guerra Civil Espanhola”, começando uma rodada de perguntas e debates, que terminou para dar forma a uma mesa-redonda a cargo dos vizinhos do bairro de Carolinas Bajas e ativistas sociais, com o título de “Urbanismo, marginalização e resistências em nossos bairros contra a gentrificação”.
Em paralelo, foi realizada no espaço destinado às crianças os “Contos à fresca”, uma divertida montagem realizada pelo grupo “Do outro lado da trama”.
Depois da mesa-redonda começamos a comer uma estupenda paella de verduras, feita por companheiros no vizinho Horto Comunitário de Carolinas. Mais de 100 porções de arroz foram distribuídas, acompanhadas por cerveja ecológica, fornecida por um companheiro cervejeiro da cidade, ou água, de acordo com os gostos.
Depois de um descanso, que foi usado para visitar as mesas das mais de 15 distribuidoras presentes, a partir das 18 horas começou-se a falar das “Consequências do turismo de massas em Maiorca”, a cargo de dois camaradas da Coordenação Libertária de Maiorca, que iniciaram um debate muito participativo sobre a situação criada pelo turismo de massas em muitos lugares do Estado e as campanhas que a Coordenação de Maiorca puxou.
A partir das 20 horas, foi a vez do historiador Chris Ealhalm que apresentou o seu livro “Viver a Anarquia, viver a utopia, Josep Peirats e a história do anarcossindicalismo espanhol”, passando então a um jantar organizado pela Mostra. Logo depois foi apresentado o “Squizofanzine”, um fanzine divertido e artístico de produção local.
O último ato do dia foi realizado na Sala Oito e meio, e até lá nos movemos uma grande parte dos participantes, distribuidoras e da organização para celebrar um concerto de Pito Karkoma, Resonantes Basuband e Tanaka, que fez dançar todas as pessoas presentes. Com o concerto teve fim os atos do dia 21.
No domingo, dia 22, pela manhã, foi celebrada a caminhada anunciada através do bairro de Carolinas “Bairro de Carolinas, obreiro e combatente”, a cargo de Alvaro Grau de Alacant Obrer, que foi construindo uma imagem do que foi este bairro para o movimento dos trabalhadores de Alicante, com explicações sobre a localização e história dos sindicatos locais, das Juventudes Libertárias, Ateneus, escolas racionalistas, etc. Esta atividade atraiu dezenas de vizinhos e vizinhas que, desde às 10h30, participaram das explicações e anedotas que Alvaro narrou.
Desde a Assembleia da Mostra do Livro Anarquista de Alicante, estamos muito felizes com o sucesso desta primeira edição, e já falamos sobre a organização da II Mostra.
Comunicação CGT Alicante
Tradução > Liberto
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Eugénia Tabosa
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!