Defender Afrin significa defender a revolução das mulheres: “Não passará o fascismo de Erdogan!”
Desde 20 de janeiro de 2018, o exército turco está atacando e tentando invadir a região curda de Afrin na Federação Democrática da Síria do Norte. Dia e noite, nossas cidades e povoados, campos de refugiados, sítios históricos e lugares sagrados foram bombardeados por aviões de guerra e artilharia turcos. Durante os primeiros 10 dias destes ataques, 65 civis morreram e 163 ficaram gravemente feridos. Entre as vítimas se encontram mulheres, homens, crianças e muitos refugiados de outras regiões da Síria.
O regime fascista na Turquia anunciou abertamente o objetivo de sua agressão militar contra Afrin, como aniquilar a autogestão democrática autônoma de Rojava e ocupar o território do norte da Síria. Deste modo, a ditadura de Erdogan se esforça por difundir seu regime de opressão racista, religioso-fundamentalista, e sexista, em toda a região do Oriente Médio.
Como mulheres de Afrin chamamos a mulheres de todo o mundo a unir-se a nossa resistência para defender Afrin e os valores da humanidade! Durante 6 anos, as mulheres de Afrin e Rojava resistiram aos ataques do Estado Islâmico. Ao mesmo tempo, jogamos um papel de liderança na construção de estruturas democráticas de auto-administração. As mulheres de Rojava construíram estruturas autônomas baseadas na organização comunitária, os conselhos de mulheres, as academias e as cooperativas, assim como na defesa própria das mulheres. Ao nos darmos conta de que a solidariedade das mulheres é uma de nossas armas mais efetivas, desenvolvemos nossa força e nossa consciência. A coragem que nossa camarada Arîn Mirkan, na luta pela defesa de Kobane contra o fascismo do ISIS, se estendeu entre as mulheres de todas as partes da sociedade em Rojava. Sua resistência foi retomada por nossa companheira Avesta Xabûr, que sacrificou sua vida para deter a tentativa de invasão do exército turco fascista na região de Afrin. Dez mil mulheres tomaram as armas para defender sua terra, suas vidas e seu futuro em Afrin. A resistência das Unidades de Defesa Feminina YPJ e as forças de defesa civil de mulheres, Parastina Jinê, que se organizaram sob o Movimento de Mulheres de Rojava, Kongreya Star, são parte da resistência global das mulheres contra qualquer forma de opressão, feminicídio e fascismo.
Enquanto as instituições internacionais e os governos estatais guardam silêncio sobre os crimes de guerra e os abusos do direito internacional que enfrentamos, cremos que a solidariedade internacional das mulheres será nossa arma mais poderosa para derrotar o fascismo e o patriarcado. Neste sentido, fazemos um chamado a todas as mulheres do mundo para que se unam a nossa luta pela defesa de Afrin: para defender uma revolução das mulheres.
Saudamos a todas nossas irmãs que sentem a mesma responsabilidade que nós e tomam medidas para deter as agressões do Estado turco contra Afrin por todos os meios necessários.
Fortaleçamos as redes e ações de solidariedade internacional das mulheres para deter as guerras fascistas e difundir a revolução das mulheres desde Afrin e o norte da Síria a todas as regiões do mundo.
Viva a resistência de Afrin!
Viva a solidariedade internacional das mulheres!
Longa vida a Reber APO!
Kongreya Star Afrin, 1º de fevereiro de 2018
Contato:
Correio eletrônico: r.women.d@gmail.com
Tel / Whatsap 00963 99 84 11 674
Tradução > Sol de Abril
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!