Em 2 de fevereiro, o tribunal de justiça da cidade de Evpatória encarcerou o anarquista e antifascista Evguéni Karakáchev, acusado de instigação ao ódio e de insinuar publicamente ao terrorismo – tudo isto num bate-papo de um grupo na rede social da Rússia chamado VKontakte (VK). A causa para a acusação seria a publicação de um vídeo declarado extremista. Outros materiais publicados na rede social também foram considerados extremistas.
Segundo a justiça, no final de 2014 Karakáchev através de uma de suas páginas na rede social publicou um vídeo que, supostamente, incentivava o terrorismo. Também acusam-no de publicar em janeiro de 2017 um post na rede social que “continha traços de propagar ideologia de violência e instigava ao terrorismo”. Não há detalhes sobre exatamente quais postagens foram publicadas.
O caso foi aberto pelas autoridades, pois, supostamente, Karakáchev publicou no bate-papo um vídeo considerado extremista pelo governo – “a última entrevista com os partisans de Primor’e” – vídeo, no qual tais partisans (grupo de extrema-direita) explicam os motivos de suas ações (assaltos aos postos de polícia).
Karakáchev é anarquista e antifascista, ativista de causas sociais. Participava de protestos contra a polícia e organizava manifestações contra a impunidade da polícia na Crimeia. Estas manifestações foram proibidas pelo governo. Na sequência dos eventos, normalmente, os policiais ligavam para Karakáchev e o chamavam para “conversar”. Ele sempre se negou a prestar quaisquer esclarecimentos.
Em 1º de fevereiro, à noite, a casa de Karakáchev foi revistada pela polícia, ele foi agredido fisicamente durante a ação policial e, depois, levado à delegacia. Foi julgado e condenado a dois meses de prisão até o pedido de apelação ser analisado. O advogado de Karakáchev considera que sua prisão teve motivações políticas.
Tradução > A vagalume
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agência de notícias anarquistas-ana
Janelas fechadas.
Lá fora, uma frente fria
pedindo passagem.
Renata Paccola
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!