Na manhã de sexta-feira, 2 de março, no emblemático Teatro do Bairro de Lavapiés (Madrid), o sindicalismo combativo, formado por CNT, CGT, SO, AST, CoBaS, CSC, SAS , SUSH e Baladre, apresentou seu comunicado conjunto para a Greve Geral Feminista do próximo 8M:
Trabalhadorxs, estudantes, pensionistas e desempregadas…
O 8M, nos vemos na greve e nas ruas.
Em 8 de março comemoramos em todo o mundo o Dia Internacional da mulher trabalhadora. Sobram razões para sair à luta, porque sob o pretexto da crise econômica, o capitalismo e seus governos, seguem aprofundando a desigualdade laboral e salarial. A precariedade e a miséria tem nome de mulher. E a isso se acrescenta a infame violência machista que segue presente em todo o mundo.
Por essas razões a luta das mulheres cresce em todos os lugares. Em 8 de março do ano passado fizemos uma paralisação e se sentiu já essa resposta. Este ano o desafio é superar com acréscimos essa jornada com uma greve geral de 24 horas. Trata-se de que em toda a classe obreira, em atividade, desempregadas/os, aposentadas/os, nativa ou estrangeira; estudantes…, paremos nos centros de trabalho e estudo e enchemos as ruas.
Sobram razões para esta greve, porque a brecha salarial é já de 23%, porque as pensões das mulheres são 38% mais baixas; porque as ajudas a pessoas dependentes, estão quase paralisadas e 90% das cuidadoras acabam sendo mulheres; porque não há escolas para as filhas/os pequenas/os, só 21% dos/as menores de três anos, está escolarizado/a e isso recai sobre as mulheres. O trabalho de cuidados e o reprodutivo não se paga ou se precariza. A pobreza tem rosto de mulher. E seguimos sem ter garantido o aborto legal na saúde pública.
Sobram razões porque os chamados planos de igualdade seguem sendo uma formalidade; porque o desemprego das mulheres é três pontos maior; porque as mulheres suportamos 70% dos contratos a tempo parcial e com isso salários de miséria.
E sobram razões porque a cada 8 horas uma mulher é violada neste país e, já seja no local de trabalho, na casa, ou nas ruas, o machismo e sua violência atormentam a vida cotidiana das mulheres.
Não vale portanto a “postura”, os minutos de silêncio e os Pactos de Estado. O Governo central e o resto de governos com suas reformas laborais, com suas privatizações das pensões e os serviços públicos, com o corte do gasto social, são os responsáveis desta situação e de seu agravamento.
Por isso desde as organizações do Bloco Combativo e de Classe convocamos greve de 24 horas e chamamos xs trabalhadorxs a organizar-nos e acompanhar-nos nos piquetes, sabendo que tem cobertura legal para as 24 horas.
Na tarde do dia 8 estaremos na manifestação e os chamamos a vir no cortejo do Bloco Combativo e de Classe.
– Pela revogação das reformas laborais e defesa das pensões.
– Pela obrigatoriedade de igualdade salarial.
– Pelo aumento do gasto público, não ao pagamento da dívida.
– Contra a violência machista Nem uma menos!
– Aborto público, livre e gratuito a cargo da Seguridade Social!
– Greve laboral, de cuidados, estudantil e de consumo!
Fonte: http://cnt.es/noticias/greve-8m-rueda-de-prensa-conjunta-do-bloque-combativo-e-de-clase
Tradução > Sol de Abril
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Luane Tiyeko
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!