“A emancipação das mulheres será obra das próprias mulheres”.
Próximo de se comemorar novamente o dia internacional da mulher trabalhadora, queremos fazer uma pequena contribuição desde a nossa trincheira editorial, com a intenção de significar as vozes de tantas mulheres que durante o século XX decidiram levantar a voz para questionar os cimentos da sociedade patriarcal e aplicar os seus desejos de transformação numa sociedade futura igualitária. Este aporte constitui o segundo volume da Coleção Libertárias que complementa a nossa primeira publicação “A Ideia: perspectivas de mulheres anarquistas” (“La Idea: perspectivas de mujeres anarquistas”), livro em que compilamos os escritos de diversas libertárias de todo o mundo em torno do anarquismo. Esta segunda parte, que voltamos a incluir as visões de algumas libertárias do volume anterior, tem o título “Emancipação: as anarquistas e a libertação das mulheres” (“Emancipación: las anarquistas y la liberación de las mujeres” ) e concentra-se no conceito almejado pelos oprimidos, muitos dos quais que sem raciocinar também foram opressores ao ignorar as vozes e as ações das suas companheiras de luta.
Neste segundo volume reunimos os escritos de Virgilia D´Andrea (Itália), Raquel (Chile), Luz Meza Cienfuegos (México), Juana Rouco Buela (Argentina), Virginia Bolten (Argentina), Teresa Claramunt (Espanha), Hé Zhèn (China), María Álvarez (Uruguai), Emma Goldman (Estados Unidos), Ilse (Espanha), Maria Lacerda de Moura (Brasil), Willy Witkop Rocker (Alemanha), Una rebelde (França), Federica Montseny (Espanha), Alejandrina B. y Ch. (Huacho, Perú), Kytha Kurin (Canadá), María Alarcón (Cuba) que foram publicados entre os anos de 1900 e 1980. A sua leitura e discussão são um bom diagnóstico para analisar o percurso das ideias anarquistas e feministas durante o século XX. Por sua vez, ao reunir as vozes destas libertárias, nos dá a oportunidade de refletir e esclarecer a presença das mulheres lutadoras através do globo. São, no final das contas, um conjunto de chaves e códigos indispensáveis para os caminhos que se abrem em cada luta, em cada espaço de liberdade que se cria, em cada círculo onde a solidariedade e a empatia são os princípios fundamentais da emancipação e, sobretudo, na defesa perante a violência patriarcal que continua nos oprimindo.
Tradução > Rosa e Canela
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nós somos um símbolo
Mistério de ser.
Manuela Amaral
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!