A declaração e vídeo a seguir, do Revolutionary Abolitionist Movement (RAM), é em solidariedade à luta em curso para defender Afrin e os cantões revolucionários de Rojava do Estado turco.
Em Rojava, agora chamada de Federação Democrática do Norte da Síria, o povo está enfrentando uma luta por suas vidas. O Estado turco fascista iniciou um ataque pesado ao Cantão de Afrin em 20 de Janeiro, com a intenção de ocupar o Norte da Síria, destruir a resistência curda, repovoá-la com simpatizantes e, o mais importante, aniquilar o auto-governo autônomo e o desenvolvimento revolucionário da região. Revolutionary Abolitionist Movement – NYC, Revolutionary Abolitionist Movement Chicago e North American Kurdish Alliance – NAKA realizaram ações de solidariedade coordenadas esta semana. Em Chicago houve uma manifestação e a RAM-NYC fez este vídeo para enviar apoio às pessoas que estão lutando.
As forças de Rojava foram construídas sobre os princípios do Confederalismo Democrático: colocando em prática o auto-governo local e o feminismo prático. O povo de Afrin em si tem notavelmente múltiplos contextos, e tem construído uma sociedade de pessoas de tão distintos contextos vivendo confortavelmente lado a lado. Em reconhecimento completo aos horrores do estado-nação capitalista, e as tendências fascistas que perpetua, esta sociedade se coloca em oposição direta a Erdogan e o fervor nacionalista/imperialista que alimenta. Seus apoiadores se resumem em nacionalistas e fundamentalistas islâmicos, grupos fascistas e racistas como Grey Wolves, assim como milícias de extrema-direita que tem apoiado: da Al Qaeda ao ISIS. Consequentemente, esta é uma batalha de forças libertadoras contra o fascismo. Em sua luta contra o fascismo e o imperialismo, mulheres tem sido alvos particulares destes grupos violentamente patriarcais, e como lutadoras mulheres tem sido assassinadas, estupradas, tendo seus corpos mutilados, desnudos e exibidos.
A Turquia e seus aliados tem atacado o cantão de Afrin por muitos lados com bombardeios aéreos a população civil. A YPG (Unidades de Proteção Popular) e YPJ (Unidades de Defesa das Mulheres) lançaram uma defesa feroz, e sua coragem e força se manifestaram em sucessos contra um exército superior. A Turquia mal fez um entalhe no cantão, e seus tanques estão sendo destruídos um a um.
Entretanto, precisamos lembrar que a YPG e YPJ estão lutando contra o segundo maior exército da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). E é por isso que estes sucessos dependem de apoio internacional. Poderosos estados-nação olham para Rojava como um campo a ser explorado para seus próprios jogos sujos. Seu apoio a Rojava é dependente de seus próprios interesses imperialistas, e certamente iriam minar as práticas revolucionárias na região. É portanto crucial fazer sua resistência visível e criar uma força pública para pressionar estes estados a cessar o ataque ou parar de ajudá-lo. O povo de Rojava não está contando com o apoio dos estados-nação – estão contando com o apoio dxs companheirxs revolucionárixs pelo mundo.
Grupos revolucionários precisam apoiar Rojava em atos de solidariedade real e companheirismo. Como um grupo, nos posicionamos como companheirxs na luta. As conexões internacionais que nasceram da participação em Rojava lançaram as bases para a luta sem fronteiras de nossos tempos, e potencialmente um movimento internacional. Em particular, respondemos ao chamado das mulheres de Afrin, que chamaram suas irmãs de luta a se erguerem contra a violência do Estado fascista e feminicida, a mostrar solidariedade feminista e defender a Revolução das Mulheres.
Como xs combatentes expressaram repetidamente, irão lutar contra o Estado turco até sua última gota de sangue. Estamos lado a lado com elxs nesta luta por suas vidas, contra o fascismo, e pelos princípios revolucionários que Rojava inspirou.
Não Passarão!
Afrin está onde o fascismo será derrotado e nossa revolução internacional florescerá!
Mulheres! Vida! Liberdade!
Revolutionary Abolitionist Movement (RAM)
> Assista o vídeo aqui: https://www.youtube.com/watch?v=5Voeded1Th0
Fonte: https://revolutionaryabolition.org/2018/03/01/solidarity-with-afrin.html
Tradução > Imprensa Marginal
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!