A família e amigos da anarquista britânica Anna Campbell, assassinada há poucos dias em um ataque aéreo turco em Afrin, se reuniram em uma pequena ponte no centro da cidade de Lewes, East Sussex, no sudeste do Reino Unido, para uma vigília na noite desta segunda-feira (19/03). Os presentes acenderam velas, rezaram e cantaram em sua memória antes que seus parentes fizessem um discurso.
A jovem de 26 anos era de Lewes. Dirk Campbell, seu pai, não poupa elogios para falar da filha que perdeu. “Uma pessoa amável, que de tudo fazia para criar um mundo no qual ela acreditasse. Uma jovem idealista, séria, determinada e corajosa. Que lutou durante o seu curto percurso de vida contra a injustiça e os privilégios que o poder tem. O seu compromisso com os direitos humanos era muito grande. Lembro-me que, quando ela tinha 11 anos, protegeu uma abelha da tortura de crianças da escola que frequentava. Pode não ter sido nada de especial, mas mostrou de que matéria era feita, porque defendeu-a com tanta garra que acabou por ser ridicularizada pelos próprios colegas. Mas não quis saber. Sempre lutou por aquilo em que acreditava e ela acreditava que a Turquia não estava a agir bem. E quis defender os curdos”.
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