Por Sin Banderas Ni Fronteras
Vivemos em um mundo no qual estar conectado é essencial se queremos nos manter “atualizados” e seguir o ritmo neurótico que a sociedade moderna nos oferece.
As relações humanas se romperam detrás de telas, aplicativos.
Sem WhatsApp, se corre o risco de ser excluído do grupo de amigos… seriamente.
No trabalho, na família, ou no casal, todos devemos estar constantemente disponíveis: “envia tua posição precisa”, “envia uma selfie”, “escuta esta mensagem de voz”.
Ainda que nos demos conta de que “talvez” estejamos passando muito tempo em casa, as conexões se voltam cada vez mais virtuais e nosso primeiro pensamento tão logo entremos em casa depois de um dia de trabalho é ligar o PC. Não queremos dar-nos conta de que algo anda mal, estamos mentindo para nós mesmos.
É um fato bem conhecido que a tecnologia e suas damas de honra tem um controle total sobre nossas vidas na atualidade, mas o que deve analisar-se é por que o aceitamos.
Talvez porque nos resignamos a algo que consideramos maior que nós mesmos, talvez porque estamos fartos da desagradável vida cotidiana que nos impõem, ou uso frívolo da tecnologia alivia o dia, ou talvez, inclusive, cremos que é útil.
Uma coisa é certa: que é útil para os chefes!
Sobretudo, a tecnologia e seus aparatos produzem alienação. O vazio derivado desta mediação é funcional ao poder de manter firmes suas rendas (lucros), não por casualidade novos “aplicativos” como Youpol convertem cidadãos frustrados em guardiães do poder.
O fato é que, por uma razão ou por outra, sempre temos uma tela na frente de nossos olhos, grande ou pequena, de acordo com nossas preferências.
Delegamos qualquer opção a um objeto de plástico e silício, agora uma extensão real de nosso corpo, e em momentos de relaxamento dependemos de opiáceos reais: séries de televisão, jogos online, jogos de futebol.
O que estamos experimentando hoje, convertendo-nos em “perpetradores e vítimas” inconscientes, é a lobotomização dramática da raça humana.
Para propagar-se, estes novos medicamentos requerem estruturas (postes, antenas, repetidoras) e instrumentos (software, painéis de controle) difundidos ao longo e largo de todo o país. Isto faz com que seja mais fácil atacá-los e mais difícil para as autoridades defendê-los.
Então, por estes motivos e por outros milhares, assumimos a responsabilidade de nossas ações e assumimos o ataque [no dia 13/03] contra uma das principais repetidoras da Telecom nas alturas de Righi.
As câmeras e os detectores de movimento que defendem o monstro metálico dentro da área cercada são muitos, mas com a paixão pela liberdade e um certo grau de determinação se podem superar certos obstáculos.
Uma vez que colocamos todo o necessário ativamos o fusível… em um instante a luz parasita da cidade passou para segundo plano.
Vinte litros de gasolina tomaram forma e nossos olhos e corações se iluminaram de alegria!
Pouco importa se não nos compreendem, não buscamos consenso senão cúmplices. Estamos mais além do miserável cálculo político, o deixamos para quem quer domesticar às massas ao enganá-las com a quimera de dar poder às pessoas.
Dito e feito, não estamos sendo tão presunçosos como para dizer que temos direcionado e resolvido completamente as causas do auto-encadeamento do qual a sociedade, que também pertencemos, se converteu em autora material, mas convidamos a todos os que se sentem próximos a tais práticas a participar na celebração e continuar atacando o aparato tecno-industrial.
Nós também temos nos sentido alentados pelos churrascos de verão das repetidoras na França, Inglaterra e outras cidades da Itália, incluindo Gênova (também graças a aqueles que assumiram a tarefa de traduzir textos estrangeiros).
Que a chama passe de mão em mão sem extinguir-se!
INIMIGOS DESTA SOCIEDADE E SEUS SERVIDORES!
SOLIDARIEDADE A TODOS OS PRESOS DA OPERAÇÃO SCRIPTA MANENT, GHESPE, LISA, TAMARA SOL, MAURIZIO ALFIERI, DAVIDE DELOGU E TODOS OS REBELDES NAS PRISÕES DE TODO O MUNDO!
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Cansei da viagem
hoje faz quantos dias?
Vento de outono.
Bashô
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!