No dia 24 de março, ocorreu no Auditório do Bloco E, das 08h até as 17h, a primeira edição do Curso de Introdução ao Anarquismo. Resultado de uma parceria do Curso de História do Unipam com o Círculo de Estudos Libertários de Uberaba, o propósito do referido curso foi promover a apresentação dos aspectos históricos da genealogia e duração desta importante ideologia política, surgida no seio da classe trabalhadora do século XIX e que não cessa de se atualizar hoje em pleno século XXI, como atesta sua presença nos movimentos sociais contemporâneos.
Seguindo a cronologia histórica do anarquismo, a programação do Curso foi estruturada de modo a identificar os aspectos mais importantes de sua emergência, desenvolvimento e consolidação. No período da manhã, estavam programadas três apresentações. O primeiro pensador a ser contemplado foi Pierre Joseph Proudhon, cuja vida e obra nos foi apresentada por Munís Pedro Alves. Logo em seguida, Matheus Saldanha Duarte nos expôs a contribuição de Mikhail Bakunin. Por motivos de atraso, a apresentação de Gerffeson da Silva acerca de Piotr Kropotkin não pode ser apresentada de manhã e teve que ser realocada para a tarde.
Depois de um breve intervalo para o almoço, retomamos nossa programação do período da tarde com Francisco Ferrer y Guardia, cujos aspectos biográficos e bibliográficos foram explanados por Tiago Wilson da Silva. Na sequência, Thiago Lemos nos falou acerca da trajetória de Neno Vasco. Encerrando as atividades, Luana Rodrigues Bernardes apresentou a produção de Lucía Sánchez Saornil.
O público presente, formado por mais de cem pessoas vindas de distintas cidades da Região do Alto Paranaíba e Triangulo Mineiro, acompanhou com atenção e criticidade as apresentações. Colocando em discussão o que o anarquismo teria a dizer em um mundo atravessado pela expansão do capitalismo neoliberal, ascensão da extrema-direita e o caráter cada vez mais titubeante da esquerda institucional, o público contribuiu de modo significativo para enriquecer o debate sobre o que é atual ou não no anarquismo.
Thiago Lemos
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