#NoCaso14N
Aconteceu nesta manhã (10/04) o segundo dia do julgamento contra Jorge e Pablo, os dois membros da CNT a quem a polícia escolheu como bode expiatório após os incidentes acontecidos na manifestação da greve de 14N de 2012.
Na sessão de hoje seguiram declarando o resto dos agentes que estiveram presentes nos momentos em que se produziram os delitos supostamente cometidos pelos dois acusados. Nas declarações de ontem (09/04), os policiais disseram ter “gravados” em sua memória as atuações dos dois processados, ainda que essa recordação se distanciava muito da verdade, como ficou claro pelas gravações dos manifestantes (recordamos que a polícia destruiu suas próprias gravações dos fatos por considerá-las de “má qualidade”. O atual chefe da Polícia Nacional de La Rioja declarou ontem que não sabia quem havia destruído essas gravações e que tampouco realizou nenhuma investigação sobre o assunto).
Esta manhã, os oito funcionários policiais tentaram recriar a existência de um ambiente “violento” contra eles, que segundo afirmam foi a causa das cargas contra os manifestantes. Nenhum dos que declararam hoje acusam diretamente a Jorge ou a Pablo de delito algum. Resulta óbvio que a tentativa da polícia por magnificar o “ambiente” prévio às cargas obedecem a uma tentativa de justificar umas duríssimas cargas contra uma manifestação que tinha se desenvolvido pacificamente. Talvez a polícia não possa justificar sua violenta atuação tão só pelo impacto de um globo de pintura no uniforme de um agente. Talvez por isso tiveram que deter Jorge e Pablo.
Em seguida declararam as testemunhas da defesa, que coincidiram ao afirmar que Jorge não insultou a polícia desde o megafone, mas que realizou vários chamamentos à calma e a não cair em provocações.
Por sua parte, também declararam os peritos forenses que contribuíram com a defesa, que esteve de acordo em que não se pode determinar que as lesões posteriormente sofridas por alguns agentes, e que estes pretendiam fazer passar como consequência dos golpes sofridos na manifestação, tenham relação com estes fatos.
Desde a CNT apoiamos os companheiros frente a uma nova montagem policial em que as provas brilham por sua ausência.
Mais informação sobre o conflito de Pablo e Jorge:
stoprepresionlarioja.wordpress.com
Secretariado Permanente do Comitê Confederal
Fonte: http://www.cnt.es/noticias/nocaso14n-segunda-jornada-en-el-juicio-del-no-caso-en-logro%C3%B1o
Tradução > Sol de Abril
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