por Coletivo Anarquista Bandeira Negra (CABN)
O 1º de Maio é um dia de memórias, reflexões, raivas, rebeldias, confraternização e esperanças da classe oprimida. É uma data em que a classe trabalhadora da cidade e do campo tem o direito de afirmar sua identidade, data de um povo em luta contra as violências que os de cima promovem cotidianamente.
Estamos completando 50 anos de 1968. Nesta data, no Brasil, a morte do estudante Edson Luis pela polícia militar faz estourar mobilizações massivas contra a ditadura. No México, a classe dominante mata centenas de militantes que protestavam, no Massacre de Tlatelolco. Nos EUA, a morte de Martin Luther King e o fortalecimento do Partido dos Panteras Negras leva milhões às ruas contra o racismo e a violência policial. Na França, greves gerais massivas se aliam às ocupações de escolas e universidades em diferentes cidades. As greves e barricadas se espalham pelo país como um levante de intenção revolucionária e entram para a história novos métodos e horizontes para os povos em todo o mundo.
Em 2018 somos tomados por lembranças, histórias e projetos que muitas vezes os grandes meios de comunicação, as instituições e vozes oficiais da classe dominante insistem em esconder. É nesse tema que o IV Sarau 1º de Maio será realizado, para constituir os fios de memórias das lutas populares que ligam 1968 a 2018, ano em que nos inserimos junto a importantes lutas contra as classes dominantes, a ameaça autoritária e a farsa eleitoral.
É por este caminho que o Coletivo Anarquista Bandeira Negra (CABN), integrante da Coordenação Anarquista Brasileira (CAB), convida todas as irmãs e irmãos, companheiros e companheiras de classe, para somar a quarta edição do Sarau 1º de Maio. A programação conta com poesias, músicas, contação de histórias, exposições, dança, teatro e futebol. Além disso, como em todas as edições do Sarau 1º de Maio, realizaremos a partilha de comidas e bebidas. Por isso, pedimos para quem puder, trazer um alimento ou bebida para o evento e, assim, organizarmos coletivamente este momento.
É a primeira vez que realizamos a atividade no mesmo ambiente comunitário e popular que recebeu outra edição do Sarau. Uma das razões é a acolhida da Associação de Moradores e Amigos do Bairro Itinga (Amorabi) e de todos e todas que constroem este espaço. Outra razão é o enorme aprendizado com os trabalhos realizados aqui, com muita organização, luta, amor e rebeldia.
Sejamos realistas, exijamos o impossível! Temos quase nada, podemos ter tudo!
Cinquenta anos de lutas e sonhos! 2018 de resistência, amor e rebeldia!
Edson Luís vive! Eduardo Torres vive! Marielle Franco vive! Todos os trabalhadores mortos pelo capital vivem!
Só a luta muda a vida! Viva o 1º de Maio!
FB: https://www.facebook.com/events/426957857754005/
Conteúdo relacionado:
https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2018/04/16/porto-alegre-rs-ato-da-fag-de-1o-de-maio/
agência de notícias anarquistas-ana
vento muda
ares de chuva
tua chegada
Camila Jabur
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!