Prisões políticas em março, a maioria de curta duração, precedem saída de líder castrista
O regime de Cuba deteve de maneira arbitrária pelo menos 319 pessoas em março, segundo a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN). O alto número nas detenções políticas — a maioria, de curto prazo — coincidem com a iminência do Congresso do Partido Comunista (PCC), que selará a sucessão de Raúl Castro no governo.
O mais recente relatório mensal da Comissão — o único grupo que registra esse tipo de ocorrências na ilha, afirmou ainda que o número atual de presos políticos registrados na ilha permanece acima de cem. A CCDHRN também relatou “33 casos de assédio e intimidação, e nove ataques físicos”, entre os quais se destaca o ex-prisioneiro político Iván Hernández Carrillo, membro do grupo de 75 dissidentes da chamada “Primavera Negra” de 2003.
Hernández Carrillo, atualmente ativista sindical, foi “brutalmente atacado e também multado” pela polícia em 25 de março, segundo o grupo. Sua mãe, Asunción Carrillo, membro do movimento de oposição Damas de Branco, foi “detida, maltratada” e também multada, de acordo com a organização dissidente.
O grupo relatou ainda detenções “semanais e sistemáticas” das Damas de Branco em várias províncias do país, em condições “desumanas e degradantes”, além da proibição de viagens ao exterior de adversários que quiseram responder a convites de organizações internacionais. No último dia 28, um informe da organização mostrou 36 delas detidas. As multas vão de 150 a 2.000 pesos nacionais cubanos (R$ 260).
O governo cubano não reconhece a dissidência interna, considerando-a “contrarrevolucionária e mercenária” a serviço de interesses estrangeiros. O regime nega que, nas prisões da ilha, haja presos políticos, garantindo que são criminosos comuns.
RAÚL DEIXA O PODER NESTE MÊS
O nome do novo governante será conhecido em 19 de abril — data que marca o 57º aniversário da vitória na Baía dos Porcos. Depois das eleições legislativas de março, o Parlamento aponta 31 membros para o Conselho de Estado, que selecionam, entre eles, o novo presidente.
Raúl, de 86 anos, completa uma década de mandato, prazo-limite estabelecido por ele mesmo para exercer a Presidência do país. Cubanos e analistas acreditam que ele será substituído pelo primeiro-vice-presidente, Miguel Díaz Canel, de 57 anos. Díaz Canel já garantiu, publicamente, a continuidade.
— Sempre haverá presidente em Cuba defendendo a Revolução, e serão companheiros que sairão do povo — disse ele em novembro passado.
Embora seja das fileiras do PCC, Díaz-Canel é um personagem nascido depois da Revolução, que não faz parte dos chamados líderes “históricos”.
Fonte: agências de notícias
agência de notícias anarquistas-ana
arco-íris no céu.
está sorrindo o menino
que há pouco chorou
Helena Kolody
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!