Saúde companheiras e companheiros!
Nos dirigimos a você como uma Rede de Solidariedade Antiautoritária (RSA), com a intenção de fazer um chamado à organização e mobilização para o Primeiro de Maio, durante a marcha classista a ser realizada em Santiago, formando um bloco entre todos e todas, um bloco anarquista daqueles que apostam pela liberdade e o fim de todas as formas de dominação.
132 anos depois dos assassinatos que deram origem a esta comemoração, nossa convicção e nossa memória estão mais vivas do que nunca, com a memória dos caídos presente e as perspectivas de um futuro livre apontando o caminho.
Saímos novamente às ruas neste Primeiro de Maio, enfrentando a violência capitalista que leva milhões de pobres no mundo a viver na miséria, a passar a vida tentando sobreviver, a trabalhar longas horas para o benefício de uns poucos. Declaramo-nos abertamente inimigos dessas poucas pessoas que, ao obter mais e mais riqueza, negaram a dignidade de milhões de pessoas exploradas e devastaram a Terra a um ponto que é mais do que crítico.
Estamos enfrentando a dupla jornada que sofrem nossas companheiras, que historicamente se sobrecarregaram com o peso do trabalho doméstico não reconhecido e que também enfrentam a pior face desta sociedade, com piores condições de trabalho e piores salários. Quando o patriarcado e o capitalismo trabalham juntos, seus domínios se multiplicam.
Somos confrontados com a xenofobia e o racismo gerados para nos fazer acreditar que a culpa das nossas misérias são os migrantes de outras latitudes e não àqueles que realmente geram toda essa barbárie. Nossos irmãos migrantes são vítimas da violência, assim como nós, e somos solidários com a sua luta contra as medidas xenófobas cometidas pelo Estado chileno.
Contra tudo isso, nos organizamos de maneira horizontal e solidária; de igual para igual, abolindo a ideia de líderes e plataformas; apontando para quem nos submete e nos salvaguardando entre nós. Não acreditamos nas fábulas do reformismo que tentam maquiar a violência dessa sociedade, e acreditamos que, enquanto existirem estruturas opressivas, não seremos realmente livres.
Nosso grito de liberdade não cessará até que ganhemos, até que a dominação e a exploração não mais existam na Terra e que toda essa era seja vista como um momento sombrio de nossa história!
redsolidaridadantiautoritaria.wordpress.com
agência de notícias anarquistas-ana
luar na relva
vento insone
tira o sono das flores
Alonso Alvarez
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!