Estimados companheiros e companheiras,
Enviamos saudações desde o Brasil à Conferência Internacional de Organizações Anarcossindicalistas e Sindicalistas Revolucionárias.
A Federação das Organizações Sindicalistas Revolucionárias do Brasil (FOB – antigo Fórum de Oposições pela Base) é uma organização sindicalista revolucionária, constituída em 2010, para agrupar militantes sindicalistas e do movimento estudantil que realizavam oposição às correntes socialdemocratas e ao sindicalismo de Estado no Brasil.
Entretanto, foi no II Encontros Nacionais de Oposições Sindicais, Populares e Estudantis (ENOPES) que aprovamos como orientação estratégica a construção de uma Confederação Sindicalista Revolucionária no Brasil e reafirmamos a construção de uma Internacional de Trabalhadores. Somos hoje algumas centenas de militantes que atuam na área de educação, do movimento estudantil, de base operária, e membros de organizações populares de bairros, com incipientes contatos na luta do campo.
Recebemos com entusiasmo a notícia da realização do Congresso de refundação da AIT. Entendemos que para ser bem-sucedida, a reconstrução da AIT deve levar à cabo três passos fundamentais:
• Realizar uma profunda e rigorosa autocritica histórica que aponte as causas da capitulação e burocratização do sindicalismo revolucionário, rompendo também com uma tendência anti-sindical contemporânea que emperra as possibilidades para que o sindicalismo revolucionário torne-se uma força de massas como outrora;
• Que o método coletivista e mutualista de associação e luta seja o fundamento da organização sindical antiestatista. Consideramos que o burocratismo e o sectarismo se combatem ao retomarmos o legado da AIT histórica (fundada em 1864), segundo o qual a luta econômica-reivindicativa e a ação direta são as bases da unidade da classe e condição necessária – apesar de não suficiente – para a constituição de sujeitos revolucionários;
• Que a AIT seja um meio da difusão em escala mundial de confederações/associações sindicalistas revolucionárias unidas por uma rede de solidariedade militante, como resposta de luta da classe trabalhadora para confrontar a crise capitalista iniciada em 2007-2008, e a guerra imperialista e neocolonial em curso no centro e na periferia do capitalismo.
• Hoje na América Latina, e particularmente no Brasil, vivenciamos um processo de avanço do reacionarismo e de revitalização do reformismo. As massas estão sofrendo, tanto pelos ataques do capital, quanto pela incapacidade do reformismo em dar respostas à altura da ofensiva burguesa. A agressão imperialista e neocolonial é perpetuada através de uma guerra de rapina contra os diversos povos, também na Ásia e na África. Portanto, consideramos fundamental impulsionar a organização de encontros regionais para fortalecer/criar confederações sindicalistas revolucionárias nos países da periferia do capitalismo. É necessário que o Congresso da AIT assuma a tarefa de impulsionar a organização em amplos contornos, que possam se contrapor à hegemonia burguesa e reformista no movimento da classe trabalhadora em todo o mundo.
REORGANIZAR A ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DOS TRABALHADORES NOS MARCOS DO SINDICALISMO REVOLUCIONÁRIO E DO INTERNACIONALISMO!
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!