Sexta-feira, 1º de junho, a partir das 16 horas, na Praça González Catán, Buenos Aires.
Há exatos 10 meses do desaparecimento seguido de morte de Santiago Maldonado, continuamos exigindo justiça! Nosso companheiro não se “afogou” no rio, foi assassinado pelas Forças de “Segurança” do Estado: Gendarmeria.
Em 1º de agosto de 2017, Santiago se solidarizou com a comunidade Mapuche de Cushamen, na província de Chubut, em defesa de seu território.
Nesse mesmo dia houve uma operação violenta da Gendarmaria Nacional [uma força policial militar que responde diretamente ao executivo nacional] com a presença de Pablo Noceti, Chefe do Estado-Maior do Ministério da Segurança, que foi um dos responsáveis pela brutal repressão.
No entanto, longe de separar gendarmes e funcionários envolvidos, a ministra da Segurança Patricia Bullrich promoveu membros das Forças mais implicados na investigação como o gendarme Emanuel Echazú e, recentemente, o próprio Pablo Noceti, que se tornou Secretário de Cooperação com os Poderes Judiciais, Ministérios Públicos e Legislaturas. Uma posição de poder chave que coordena entre as Forças e a Justiça.
A investigação do caso está cheia de irregularidades, tanto durante quanto depois da operação. Para isso, desde novembro, a família de Santiago vem exigindo que a Justiça incorpore um “grupo de especialistas independentes” para garantir a imparcialidade.
Por esse motivo, o primeiro juiz responsável – Guido Otranto – foi afastado por ser “parcial” na investigação.
Agora, o caso chegará ao Supremo Tribunal Federal, buscando que o Tribunal Superior dê o aval aos investigadores independentes e assim poder avançar no caso.
Nos últimos dias, a família de Santiago foi notificada da decisão do juiz Gustavo Lleral, onde ele ordenou a destruição de áudios e registros da intervenção encomendada por Otranto do telefone de Sergio Maldonado. Assim, foi revelado que em vez de investigar os telefones dos gendarmes que estiveram nas margens do rio Chubut, incluindo Echazú, foi feita uma espionagem ilegal contra a família Maldonado. Por este motivo, se realiza o pedido de julgamento político do juiz Otranto.
Santiago Maldonado PRESENTE
AGORA E SEMPRE
VIVA SUA ALMA SOLIDÁRIA!
FB: https://www.facebook.com/events/430637317363782
Conteúdo relacionado:
https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2018/05/29/argentina-10-meses-sem-santiago/
agência de notícias anarquistas-ana
Só, tudo parece breu.
Um hálito ébrio vem de fora:
Estranho, mas é meu.
Márcio Bastos Silveira
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!