O Tribunal número 1 de Guadalajara condenou os habitantes atuais do povoado por crimes contra a ordenação do território e por usurpação. Se eles não pagarem a multa de 16.380 euros, serão presos.
O Tribunal Criminal Número 1 de Guadalajara condenou a um ano e nove meses de prisão, além de multas de 2.700 euros por pessoa, aos seis repovoadores de Fraguas [projeto de okupação rural].
A sentença os condena, em concreto, a um ano e três meses de prisão e uma multa de seis euros por dia durante 12 meses por crimes contra a ordenação do território, e três meses mais de prisão por um crime de usurpação, com outra multa de seis euros por dia durante 90 dias.
Embora a sentença não ordena a entrada imediata na prisão, a resolução prevê pena de prisão dos seis jovens caso não paguem as multas, totalizando 16.380 euros, e responsabilidade civil pelos custos de demolição do povoado de Fraguas e a transferência dos escombros, cifras que os repovoadores calculam em 30.000 euros mas que será especificada pelo pessoal técnico do Conselho de Comunidades de Castilla-La Mancha.
“Fomos condenados, e se não pagarmos a multa vamos para a cadeia”, diz ao El Salto Lalo Aracil, um dos condenados, que afirma ter conhecido a sentença esta manhã (08/06). “Esperávamos uma decisão favorável e que teriam que ir pela via administrativa, já que consideramos que esse assunto é uma questão mais de jurisdição civil”.
Aracil afirma que, até hoje, eles não têm dinheiro suficiente para pagar mais de 16 mil euros de multas e não sabem como vão pagar. “Antes pensávamos em fazer um crowfunding para continuar reconstruindo o povoado, não para pagar as multas”, conclui.
Em 2013, Aracil e os outros repovoadores chegaram em Fraguas, um povoado que desapareceu por ordem de Franco para replantar pinheiros 50 anos atrás. Desde então têm se dedicado à reconstrução da cidade e a cultivar.
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!