A Tenda de Livros vai lançar uma edição fac-símile comentada de “A mulher é uma degenerada”, da anarquista e pensadora brasileira Maria Lacerda de Moura (1887-1945), em agosto, com pré-venda de 15 de junho a 15 de julho. A publicação, cuja última edição foi em 1932 e primeira em 1924, ainda é extremamente atual em vários aspectos, em especial no que tange à crítica ao capitalismo e à sociedade burguesa; e à defesa da maternidade livre e do amor livre.
Uma das grandes novidades do pensamento de Maria Lacerda é a crítica à moral sexual de sua época e ao regime de verdades hegemônico com a imposição da identidade mulher, asséptica e higienizada, a afirmação é da professora titular da Unicamp Margareth Rago. “As bandeiras da luta da anarcofeminista Maria Lacerda de Moura só serão retomadas pelo movimento feminista na década de 1970, sem necessariamente alguma referência inicial a ela, já que, apenas nos anos de 1980, passamos a tomar contato com sua história e escritos, ainda hoje de difícil acesso”, explica Rago.
“A mulher é uma degenerada” possui 320 páginas, que incluem o livro original em fac-símile, textos inéditos de pessoas convidadas, estudo gráfico e intervenção artística. A organização e edição de Fernanda Grigolin, capa e projeto gráfico de Laura Daviña e comentários de pessoas que estudam e possuem uma relação com a obra de Maria Lacerda, como: a já citada Margareth Rago, professora titular da Unicamp, que possui publicações sobre Maria Lacerda e outras mulheres anarquistas tanto do Brasil quanto do exterior; a pesquisadora especializada na história das mulheres anarquistas na Primeira República e sua relação com o anarcossindicalismo Samanta Colhado Mendes; a anarcofeminista e pesquisadora do Núcleo de Estudos Libertários Carlo Aldegheri, Juliana Santos Alves de Vasconcelos; a historiadora e pesquisadora independente de sexualidade e anarcofeminista Carolina O. Ressurreição; e o educador, pesquisador sobre educação libertária e professor da UFSC Rodrigo Rosa.
Além dos comentários, no livro está contida uma carta a Maria Lacerda de Moura escrita pela mulher do canto esquerdo do quadro, a narradora de uma pesquisa em arte que Fernanda Grigolin realiza.
O conselho editorial é composto por Antonio Carlos Oliveira, Eloisa Torrão e Marina Mayumi, e a pesquisa de fontes primárias foi feita no Arquivo Edgard Leuenroth (AEL- IFCH/Unicamp), na Biblioteca Terra Livre, no Centro de Cultura Social e no Núcleo de Estudos Libertários Carlo Aldegheri.
A edição é dedicada a Miriam Moreira Leite (em memória), responsável pelo trabalho primeiríssimo de pesquisa sobre a anarquista, e também a todas as pesquisadoras que já se debruçaram na obra de Maria Lacerda de Moura.
>> Mais infos, pré-venda, clique aqui: http://tendadelivros.org/marialacerdademoura/
FB: https://www.facebook.com/events/458347884599430/
agência de notícias anarquistas-ana
Lua cheia —
Que brilho intenso
E que calafrio.
Paulo Ciriaco
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…