O icônico Parque Neptuno (agora também conhecido como Parque Museu), foi o cenário da histórica jornada e conquista obreira das 8 horas de trabalho em Lima, onde em janeiro de 1919 se reuniu ali uma enorme assembleia popular permanente de grevistas encabeçados pelos anarquistas do Comitê Pró-Greve Geral com os delegados de Huacho, jornaleiros de Callao, motoristas, padeiros, têxteis, sapateiros, curtidores, etc., que depois de resistir a ataques da polícia e manter a unidade na luta, conseguiram no dia 15 de janeiro daquele ano, que o ministro do Fomento, Manuel Vinelli, fosse enviado pelo Presidente José Pardo para ler nas instalações da Federação de Estudantes, hoje Museu de Arte, o Decreto que formalizou as 8 horas dia de trabalho no Peru.
Agora, “graças” aos Fujimoristas e o prefeito Castañeda, este pedaço da memória histórica do povo peruano será enterrado sob o concreto, por exatamente 1.089 m2 de calçadas e 50 mobiliários urbanos, construídos como parte da monstruosidade reacionária chamada “parque temático para a memória dos mortos pelo terrorismo”. Esta imposição, diz que o “trabalho para a cidadania” vai custar cerca de um milhão e 300 mil soles, montante total atribuído para os três meses que deverá materializar o projeto, pois dizem que para setembro já deve estar pronto.
É urgente continuar com as denúncias sobre esse novo ultraje Fujimorista e Castañedista contra a memória histórica dos trabalhadores peruanos. 2019 marcará 100 anos do feito memorável do proletariado para a conquista da jornada de trabalho de 8 horas no nosso país, e no lugar onde deveriam ter manifestações político-culturais que reivindiquem nosso legado sindical e libertário, teremos placas, bustos, pinturas, exposições e monumentos em homenagem à extrema-direita, o militarismo assassino e o Fujimorismo mafioso. É o cúmulo!
Franz Garcia
Fonte: facebook.com/libertarios.peru/
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
O homem destrói
Árvores mortas ao chão
Inaceitável
Cátia Paiva
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!