Uma ativista sueca, Elin Ersson, se valeu da regra da aviação civil de que o avião só pode decolar quando todos os passageiros estiverem sentados e afivelado seus cintos de segurança, para impedir a deportação de um cidadão afegão de 52 anos. Ela se recusou a sentar, ou deixar a aeronave, e transmitiu o protesto pelas redes sociais, que até quarta-feira (25/07) já tinha tido cinco milhões de visualizações. Após 14 minutos, as autoridades admitiram atender à jovem, que é estudante da Universidade de Gotemburgo.
“Eu não vou sentar até que esta pessoa esteja fora do avião”, disse Ersson, durante sua transmissão ao vivo. Se este homem for deportado, acrescentou, “ele será morto” na guerra em curso. “O que é mais importante, uma vida ou seu tempo?”, a estudante questionou os surpresos passageiros. “Eu quero tirá-lo do avião porque ele não estará seguro no Afeganistão”, assinalou. “Não está certo mandar pessoas para o inferno”. Ela acrescentou que estava “tentando mudar as regras do meu país, pois não gosto delas”.
Após minutos de impasse, por ordem do piloto, o afegão e o oficial de imigração que o acompanhava deixaram o avião. Ersson foi retirada pouco depois. Inicialmente, alguns passageiros haviam se oposto ao seu gesto e um passageiro até tentou tirar seu celular, mas depois mais passageiros se juntaram à estudante. O vôo, que partia de Gotemburgo, se dirigia a Istambul, na Turquia, de onde o afegão seria posto em outro avião com destino ao Afeganistão.
Autoridades suecas afirmaram que Ersson pode ter de responder processo por desobedecer as ordens de um piloto dentro de um avião. Segundo a imprensa local, ela pode ser multada e enfrentar até seis meses de prisão.
O afegão de 52 anos foi salvo por pura sorte, já que o objetivo do protesto era impedir a deportação de um jovem afegão, cuja expulsão chegou ao conhecimento de um grupo de ativistas de que Ersson faz parte. Eles fizeram uma vaquinha para comprar uma passagem e a escolhida para a ação foi a estudante. Já dentro do avião, ela não localizou o jovem afegão, mas ao se deparar com outro, mais velho, sob vigilância de um oficial de imigração, decidiu manter o protesto. No vídeo, ela disse que o homem provavelmente corria risco de vida no Afeganistão.
Apesar do Afeganistão estar sob ocupação de tropas estrangeiras desde 2001, quando W. Bush invadiu o país, vários países europeus cinicamente passaram a considerá-lo “seguro”, para mais facilmente negarem asilo a refugiados. Em 2015, mais de 160 mil pessoas chegaram à Suécia e solicitaram refúgio, a maior parte oriunda do Afeganistão. O status de refugiado só foi concedido a 28%.
As autoridades suecas anunciaram que voltarão a executar a ordem de deportação do afegão, que está sob custódia policial, mas sem data marcada. Após o episódio, Ersson disse que tinha esperança de que “as pessoas começassem a questionar como seus países tratam os refugiados”.
Fonte: agências de notícias
agência de notícias anarquistas-ana
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CassMarie
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Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…
Edmir, amente de Lula, acredita que por criticar o molusco automaticamente se apoia bolsonaro. Triste limitação...
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