Ahed Tamimi, adolescente que se tornou ícone da resistência palestina ao agredir e repreender dois soldados israelenses, deixou a prisão neste domingo (29/07), após oito meses de prisão.
A jovem de 17 anos e sua mãe, que também foi presa após o incidente, foram levadas para Nabi Saleh, na Cisjordânia, um território ocupado por Israel, indicou o porta-voz da penitenciária israelense de Sharon, Assaf Librati.
Ao chegarem ao povoado, foram abraçadas por parentes e amigos que vieram recebê-las. A adolescente, sua mãe e seu pai entraram em casa sob os gritos: “Queremos viver em liberdade!”.
“A resistência continua até que a ocupação acabe”, disse Tamimi, aplaudida por seus partidários e diante de inúmeros jornalistas reunidos no local.
Em uma entrevista coletiva dada pouco depois no povoado, Tamini disse estar muito feliz de voltar para casa, mas que “essa alegria se vê ofuscada, porque continua havendo prisioneiros detidos”.
Tamini se negou a responder perguntas de jornalistas de veículos israelenses pela cobertura injusta – segundo ela – de seu caso.
Questionada sobre seu futuro, a adolescente disse que querer estudar Direito para poder defender “a causa palestina”.
Antes da libertação, a polícia israelense prendeu, no sábado (28/07), dois italianos e um palestinos que pintaram no muro de separação um retrato gigante de Tamimi. Os três foram soltos neste domingo.
Com apenas 16 anos, à época da prisão, Tamimi foi transformada em um símbolo de resistência palestina ao aparecer em um vídeo batendo em soldados israelenses, na companhia da mãe e da prima, também detidas.
As três foram detidas no dia 19 de dezembro de 2017. A prima, Nour, foi liberada em seguida, mas mãe e filha ficaram encarceradas desde então. As duas foram sentenciadas por incitação, com o agravante de agressão.
Fonte: agências de notícias
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seguindo a anciã…
Rosa Clement
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!