Contra todos os estados!
Contra todos os exércitos!
Contra todas as guerras!
Foi entre os intensos toques do sino da imponente catedral de Novara, na Praça de Erbe, que aconteceu em 04 de agosto um encontro antimilitarista, realizado em conjunto com a manifestação nacional “No Muos” [base militar norte-americana] em Niscemi.
Uma ocasião importante para expressar solidariedade a quem resiste a instalação das antenas assassinas produzidas pelos EUA e a OTAN na Sicília, mas também para reiterar claramente a oposição à militarização social, partindo do país que vivemos. Uma oposição que expressa a rejeição clara a toda campanha de guerra realizada pelas tropas italianas no exterior e disfarçada hipocritamente como “ação humanitária”; bem como contra a desconfortável presença de homens em uniformes nos bairros de nossas cidades, permitida há mais de 10 anos com a chamada operação “Estradas Seguras”.
Durante o evento foi feita uma forte acusação contra os exorbitantes gastos militares do “belo país” (atualmente gastamos 68 milhões de euros por dia!), que cada vez mais tira recursos dos serviços sociais como saúde, escola, transporte, etc. Foi denunciada a presença de fábricas da morte espalhadas pela Itália – veja a Alenia com os drones de combate e seus caças-bombardeios Eurofighter, ou as fábricas da Lockheed Martin em Cameri, a poucos passos de Novara, onde as asas do F-35 [avião caça] são montadas. É impossível não mencionar os exercícios de guerra em bases no meio do fogo cruzado, as fronteiras fechadas da Fortaleza Europa e os imigrantes destinados a morrer no Mediterrâneo ou nos Alpes, fugindo da pobreza e das mesmas guerras que o governo italiano lidera ou financia.
Um encontro que foi realizado em um maravilhoso dia de sol, com banquinhas de livros, zines, várias intervenções artísticas e equipamentos de som, que permitiram intercalar intervenções no microfone e um ótimo repertório musical temático. Muitos curiosos e interessados apareceram na concentração, alguns demonstrando apoio à causa.
A iniciativa antimilitarista finalmente terminou com um apanhado de canções da tradição anarquista e antimilitarista, poesias populares e versos de protesto, tudo executado ao vivo com o doce acompanhamento do violão acústico e do apoio incontestável dos companheiros e companheiras e alguns dos presentes.
L’incaricat
Fonte: http://www.umanitanova.org/2018/08/06/presidio-antimilitarista-e-no-muos/
Tradução > Anti-Kaikki
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agência de notícias anarquistas-ana
uma libélula
pousa em outra libélula
ah, o amor!
Sérvio Lima
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!