No dia 21 de maio de 2013, Dominique Venner, figura da extrema direita nacionalista e violenta, se suicida na catedral Notre-Dame de Paris. Aquele que foi um adepto do bombardeamento durante a guerra da Argélia e precursor da teoria da “grande substituição” esperava com esse gesto despertar as consciências face aos “perigos” migratório e identitário. Durante anos, Venner foi o arauto dessa direita ativista que dedicou-se à ação violenta e ao terrorismo, beneficiado sempre pela clemência das mais altas esferas do Estado.
É a história dessa “direita delinquente” que retraça Frédéric Charpier nessa pesquisa que se apoia sobre uma importante massa de arquivos, a maior parte inéditos. Das bombas da OAS aos socos dos skins neonazis, do assassinato de Pierre Goldman à morte de Clément Méric, se segue uma nebulosa ou onde se coexistem, durante anos, ex-integrantes da Waffen-SS e do colaboracionismo, ladrões, mercenários, chefes de empresas, policiais, políticos, agentes de inteligência, todos excelentes em assassinatos, assaltos ou explosões.
E hoje? Esta história não terminou, afirma o autor. Sabemos pouco que a ascensão da extrema direita violenta na França e na Europa suscita a inquietação das autoridades. Enquanto os grupos e redes islamofóbicos se multiplicam, alguns estariam prontos a pegar em armas. De que alimentar o medo de ver ressurgirem os dinamitadores.
Frédéric Charpier, autor de filmes e documentários, escreveu várias obras sobre os serviços de inteligência e a extrema direita, sobretudo em Seuil, Génération Occident. De l’extreme droit à la droit Madelin (2005) e La CIA en France (2008), e no Presses de la Cité, Les Dessous de l’affaire Colonna et Nicolas Sarkozy, enquête sur un homme de pouvoir (2007).
Les plastiqueurs | Une histoire secrète de l’extrême droite violente
Frédéric Charpier
Páginas: 376
Versão em papel: 19 €
Versão digital: 12,99 €
agência de notícias anarquistas-ana
Lua cheia —
Que brilho intenso
E que calafrio.
Paulo Ciriaco
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!