Na terça-feira, 18 de setembro, será o aniversário de 5 anos do assassinato de Pavlos “Killah P” Fyssas, um rapper grego, que foi morto em seu bairro, Keratsini, pelos neonazistas, membros do partido Aurora Dourada.
Esse dia tem sido dedicado à memória de Pavlos e todo ano serve como um dia nacional de ação antifascista levando a uma reunião e uma manifestação de rua, começando do local onde Pavlos foi assassinado em Keratsini e terminando em um ponto diferente a cada ano de acordo com as necessidades e alvos do movimento antifascista.
Coincidentemente, o quinto aniversário de Pavlos está no mesmo intervalo de tempo que os últimos estágios da persecução da organização neonazista Aurora Dourada. Então, da nossa perspectiva, a necessidade de estabelecer nossa presença ainda mais forte na região de maior amplitude de Pireu é maior que nunca, para derrubar o último bastião dos neonazistas na Grécia. Não podemos deixar que os bairros nos quais Pavlos viveu virem terreno fértil para seus assassinos fascistas.
Infelizmente, ultimamente, numa tentativa desesperada para ganhar terreno, os fascistas locais, especialmente os partidários do Aurora Dourada, estão conduzindo a onda nacionalista no que diz respeito ao nome da República da Macedônia, e começaram mais uma vez a atacar imigrantes e refugiados, Centros Sociais Livres e ocupações. Em 21 de janeiro passado, o Squat Libertatia, em Tessalônica, foi incendiado; já em 25 de fevereiro membros do Aurora Dourada atacaram o Centro Social Livre Favela, em Pireu, ferindo várias pessoas na ofensiva, enquanto em 24 de junho eles atacaram o Centro Social para Saúde (antigo Squat PIKPA) em Petralona durante a assembleia do Centro.
Ao mesmo tempo, não tem como negar que a extrema direita nacionalista está crescendo por toda a Europa, tanto em termos de poder parlamentar quanto poder nas ruas com ataques contra minorias e oprimidos. Na Itália, Alemanha e França, o nacionalismo e o fascismo deixam uma marca profunda com ataques homicidas contra locais e refugiados/imigrantes que resistem.
Nos deparamos com algo que vai continuar aparecendo diante de nós a não ser que impeçamos. Então nós temos que analisar esse fenômeno e ao mesmo tempo criar um quadro com ações em cada nível, seja ele político, social ou ativista, como um movimento antifascista unificado a fim de quebrar a trajetória do fascismo.
Por essa razão, nós convocamos todos os grupos e coletivos antifascistas ao redor da Europa e cada pessoa antifascista para iniciarmos um Setembro Antifascista na Grécia.
Essa convocação de movimentação será emitida para grupos e coletivos locais bem como para que a frente antifascista cresça como deveria.
O capitalismo, o Estado de exceção, o racismo, o sexismo, as políticas de morte e tudo que se segue do fascismo são as coisas que devemos lutar contra, e o fascismo é a principal coisa que devemos esmagar nas ruas.
Nós aqui propomos o seguinte para um Setembro Antifascista:
1. Um encontro europeu na segunda-feira e no domingo (16 e 17 de setembro) com contribuições da Alemanha, da França e da Itália e de grupos de outros países. Um encontro para uma discussão entre grupos e coletivos políticos com a perspectiva de futuro de trabalhos em rede e ação europeia.
2. Uma manifestação no lugar em que Pavlos Fyssas foi assassinado em Keratsini, Pireu, em 18 de setembro, terça-feira.
Nenhum pedacinho de espaço público será deixado para os fascistas.
Frente Antifascista Social
Família e amigos de Pavlos Fyssas
Beyond Europe
Fonte: https://beyondeurope.net/856/a-call-for-european-antifascist-action/
Tradução > Bakunemma
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!