Dissolvida a FIJL [Federação Ibérica das Juventudes Libertárias] (2007-2016) – conhecida como FIJA [Federação Ibérica das Juventudes Anarquistas] durante seu período inicial -, só faltava dar por finalizado o projeto da JL [Juventudes Libertárias] de Madrid. Sirvam estas linhas como um adiantamento de futuras e mais desenvolvidas reflexões. Sempre fomos firmes defensores de submeter a ação à crítica, sem nos importarmos com o alcance desta. No entanto, os tempos são lentos, dado que agora mesmo estamos envolvidos em uma quantidade de projetos de luta que são nosso presente, ao fim e ao cabo.
JL de Madrid teve ao longo de toda sua experiência um espirito de rebeldia que sempre a tornou incontrolável: aos burocratas do movimento, ao Estado, a seus falsos opositores e inclusive a nossos próprios “preceitos ideológicos”. É o realmente positivo deste projeto: através de uma prática de luta anarquista foram revisando-se e questionando-se aquilo que nos valia e o que não, sempre tendo em conta o espírito de nossos princípios antiautoritários e a coerência com nossa ação.
Pelo caminho deixamos uma infinidade de textos, publicações e experiências que servem para dar conta deste processo, que ficarão à disposição dos companheiros e companheiras.
JL de Madrid teve um processo muito parecido ao de outros projetos anteriores da FIJL e/ou JL. Seguramente repetimos erros e acertos, mas sempre fazendo nosso próprio caminho. Fica pendente a tarefa de que futuros grupos, coletivos e/ou projetos federativos da JL/FIJL sejam capazes de não começar sempre do zero e deparar-se com os mesmos obstáculos.
Recordações a todos e todas as companheiras e companheiros que fizeram parte deste ou de outro projeto da JL e seguem ativos, com a fortaleza de umas ideias como eternas companheiras de viagem.
Menção especial aos companheiros e companheiras que sofreram e sofrem a repressão do Estado e pelos quais mostramos toda nossa solidariedade e carinho, por cima das grades, barras e muros: Mónica, Francisco, os companheiros e companheiras golpeadas nas Operação Pandora e Piñata. E claro, Lisa, ainda nas garras do Estado. Não estiveram nem estarão nunca sós.
Terminou um projeto, começaram muitos outros, nem sempre juntxs, mas unidxs por um passado de luta e um presente, também de luta, que não terminará até a total destruição da sociedade do Estado, do capitalismo e da autoridade em qualquer de suas formas e expressões. A guerra continua.
Morte ao Estado, a seus defensores e a seus falsos opositores
Pela anarquia
Nota 1: Este texto põe ponto final ao grupo de Juventudes Libertárias de Madrid (2012/2017). Novas e futuras agrupações, obviamente, são projetos alheios e autônomos a este acabado projeto.
Nota 2: O arquivo da FIJL (2007/2016) está sendo catalogado e esperamos que esteja disponível para sua consulta por parte de companheirxs em um futuro próximo.
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
olhando para trás
meu traseiro cobria-se
de cerejeiras em flor
Allen Ginsberg
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!