Educação sem propriedade oferece uma diversidade desde o dissenso, textos com posições antagônicas que em outro lugar não poderiam coabitar se falam umas com as outras, lendo em diagonal se encontram simpatias e empatias certamente não supostas pelxs autorxs, afinidades que ajudam a soltar-se das afiliações.
Se propõem como uma nova proposta para o debate sobre a educação desde o antiautoritário. Diversas experiências e autorxs tratam sobre a desescolarização, conhecimento social e comunitário, pedagogia libertária, contra a indústria da educação alternativa, as possibilidades da autogestão no ensino público, educação popular, educação livre e auto-aprendizagem, mães na escola, transmissão popular e intergeracional, biopoder do mundo adulto, classes sociais e pedagogias, escolas centrífugas, esporte e educação, etc.
O que se busca na escola dominante é perpetuar no tempo uns conteúdos determinados e umas formas de relação, e com esse fim, se valoriza o simples, a repetição repetitiva, tanto nos conteúdos como nas relações, porque os conteúdos se referem a conhecimentos básicos, regulados, normalizados, estandardizados… e as relações, ao serem dirigidas, são finalistas. Essa forma de propor o conhecimento faz com que a escola se apoie na repetição repetitiva como estratégia do Estado e do Mercado para ter cidadãos e trabalhadorxs dóceis, adaptadxs, intercambiáveis e polivalentes. Este modelo é tendente a reduzir a criatividade e o pensamento divergente e crítico.
No entanto, há que considerar a escola como um dos espaços educativos da comunidade, que deveria guardar relações horizontais com outros espaços educativos da comunidade. As relações destes espaços estão baseadas em compartilhar saberes, construir coletivamente, na autonomia e na interdependência, processos de ajuda mútua, no multiculturalismo. Se deve compreender que a educação não é patrimônio da escola, nem da universidade, mas que no bairro, povoado ou cidade há outros espaços educativos não formais com os quais há que estabelecer intercâmbios horizontais.
Seminário de Ilusionistas Sociais – Ilusionista Sozialen Mintegia (UPV/EHU)
O Seminário de Ilusionistas Sociais (ISM) se constituiu em Donostia – San Sebastián (Gipuzkoa) em 2014, na Escola Universitária de Magistério da Universidade do País Basco, com a intenção de refletir sobre o papel da escola, a história e a diversidade sociocultural na sociedade atual e assim construir coletivamente alternativas desde a autogestão da vida cotidiana. Está vinculado ao Foro “Las educaciones a debate” (criado em Sevilha) e colabora com EDCO (Espaço de Educação Comum) da Universidade Autônoma da Cidade do México.
Educación sin propiedad. Con escuela o sin escuela, nunca nos dejan hacer lo que queremos, y el Poder es su ley
Javier Encina, Ainhoa Ezeiza, Emiliano Urteaga (coord.)
Volapük Ediciones – Seminario de Ilusionistas Sociales
524 páginas, 15×22 cms, rústica con solapas
18 euros
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
A chuva parou –
Na voz do pássaro,
Que frio!
Paulo Franchetti
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!