Convocatória
O anarquismo, como teoria e prática, foi e segue sendo para muitos homens e mulheres a base sobre a qual criticar as relações desiguais de toda sociedade; é, pois, um discurso válido, mas muitas vezes ignorado. No Peru e América do Sul foi uma corrente majoritária dentro dos sindicatos obreiros do início do século XX e sua história não acabou, como muitos apregoam, com o auge do marxismo. Mais ainda, agora o anarquismo reaparece e se olha para ele em busca daquelas formas de organização e de crítica que, por tanto tempo, se julgaram ilusórias.
Mas o anarquismo não só despertou o interesse dos ativistas mas também da pesquisa acadêmica. Os estudos anarquistas se afiançaram — nas últimas décadas — a partir de redes acadêmicas, da aparição de revistas, da publicação de livros e da fundação de organismos dedicados a sua difusão. E é que o anarquismo permite, a partir de outros pontos de vista e distintas metodologias, abordar aspectos tão diversos como a antropologia, a arte ou a filosofia.
Justamente essas são as razões que motivam a realização deste evento, além de gerar um espaço que possibilite a difusão de novas pesquisas, assim como o contato entre os que as realizam. Nosso convite é dirigido a toda pessoa que faça pesquisa sem se importar se está ou não filiada a uma instituição acadêmica, pelo que qualquer um que esteja interessado no estudo ou na prática do anarquismo pode participar.
Finalmente, este 2018 se comemora cem anos da morte de Manuel González Prada, motivo pelo qual o homenageamos neste Congresso, e conversaremos sobre sua obra e pensamento, pois, Manuel González Prada foi um consequente anarquista, que fundou junto a obreiros sindicalistas vários periódicos e cooperou neles, muitas vezes, de maneira anônima. A sua memória e exemplo dedicamos este Congresso.
Eixos temáticos
• Manuel González Prada e sua obra anarquista
• Anarquismo e teoria: perspectivas dos estudos anarquistas
• Anarquismo e movimento obreiro
• Historiografias do anarquismo
• Anarquismo e lutas sociais: práticas e experiências
• Anarquismo na América do Sul
• Anarquismo e crítica anticolonial
• Ecologia, meio ambiente e direitos indígenas
• Anarquismo e arte: cinema, arte plástica, literatura, etc.
• Imprensa e cultura impressa: livros, revistas, periódicos e folhetos.
• Anarcofeminismo e teoria queer.
• Novos enfoques: o pós anarquismo e os desafios do século XXI
Toda proposta é bem-vinda se relacionada ao estudo e a prática do anarquismo.
Pautas de redação
As apresentações devem ter no cabeçalho o seguinte: Autor/a; Título; Pertencimento institucional ou grupo de ativismo; Correio eletrônico.
A extensão máxima das apresentações é de 20 páginas com espaço e meio (incluindo notas, quadros, etc.). Enviar para a avaliação um arquivo em formato .doc, .docx u .odt, em folha tamanho A4 (com uma margem de 3 cm por todos os lados), letra Times New Roman 12 ou FreeSerif 12, com notas de rodapé em Times New Roman 10 ou FreeSerif 10 e com dados bibliográficos completos.
Sobre a base das apresentações recebidas se realizará a avaliação para sua aceitação, pelo que se sugere respeitar a extensão pautada e assinar a sua redação com maior clareza e precisão possíveis. O Comitê Organizador exercerá as funções de comitê avaliador das apresentações, ou bem recorrerá à avaliação externa quando o julgue necessário.
Enviar sua apresentação ao seguinte correio eletrônico:
Memórias
Os trabalhos selecionados serão publicados nas Memórias do Congresso, três meses depois de finalizado o evento. Esta publicação se distribuirá de maneira livre e virtual.
Comitê Organizador e Comitê Assessor
Comitê Organizador
Oficina de Estudos Sobre Arte e Sociedade (Universidad Nacional Mayor de San Marcos)
Coletivo Anarquia (Lima, Peru)
Comitê Assessor
Ivanna Margarucci (CeDInCI/UNSAM), Joël Delhom (Université de Bretagne-Sud) e Thomas Ward (Loyola University Maryland)
O I Congresso de Estudos Anarquistas Manuel González Prada se realizará nos dias 27, 28 e 29 de novembro de 2018, na Facultad de Letras e Ciencias Humanas da Universidad Nacional Mayor de San Marcos (Lima, Peru), graças à colaboração do Centro de Responsabilidad Social e Extensión Universitaria (CERSEU-Letras).
Tradução > Sol de Abril
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Luiz Gustavo Pires
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!