Gabriel Tebaldi, professor de história e colunista do jornal Gazeta Online, do Espírito Santo, aparece em uma foto que circula nas redes usando um uniforme nazistas com suásticas durante uma aula; atitude do historiador, que é defensor do ‘Escola Sem Partido’, vem sendo interpretada como apologia ao nazismo
por Ivan Longo | 23/09/2018
Mais um caso de um professor usando símbolos e referências nazistas para dar aula sobre o tema veio à tona nas redes sociais durante este final de semana. Gabriel Tebaldi, historiador formado pela Universidade Federal do Espírito Santo e professor de Ensino Médio em uma escola capixaba, aparece em uma foto vestindo, em sala de aula, um uniforme de policial nazista, repleto de suástica.
O professor é colunista do jornal local Gazeta Online e, em seus artigos, defende o projeto ‘Escola Sem Partido’ – projeto que visa “acabar” com a inexistente “doutrinação marxista” nas escolas – e faz ferrenhas críticas à Lula e ao PT.
Nas redes sociais, internautas têm acusado Tebaldi de fazer apologia ao nazismo. Tal acusação tem como base uma interpretação da Constituição Federal, que diz no parágrafo 1º do artigo 20 é citado o “Crime de Divulgação do Nazismo”: “§1º – Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular, símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. Pena – reclusão de dois a cinco anos e multa”.
Apologia?
Em abril do ano passado veio à tona um caso parecido de Recife (PE). Um professor ornamentou toda a sala de aula com bandeiras nazistas e se vestiu de ditador nazista durante uma aula. À época, a colunista da Fórum e especialista em neonazismo, Adriana Dias, afirmou que esse tipo de aula pode, sim, ser considerada apologia.
“O que significa apologia? Apologia é um discurso (uma ação, tida como um discurso também) que tem por fim justificar, defender, louvar alguém ou alguma coisa. Obviamente, espero que o professor não tenha tido a intencionalidade do dolo. Espero, mesmo. Mas, houve, sim, apologia. Porque não foi simplesmente um desenvolvimento de material para fim didático. Foi uma sala toda ambientada, completamente ambientada com louvor ao nazismo, com bandeiras, lembrando a sua época de opulência. O professor poderia ter feito uma suástica, poderia ter colocado no quadro, e explicado seu símbolo. Poderia. Mas, vestir a sala inteira de panteão nazi, é apologia, sim”, explicou.
agência de notícias anarquistas-ana
Ameixeiras brancas —
Assim a alva rompe as trevas
deste dia em diante
Yosa Buson
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!